Senadores não têm a menor dúvida de que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de droga terá vitória incontestável no Plenário do Senado. Mesmo estimativas mais conservadoras esperam uma lavada: 53 votos pela aprovação do texto. Planilha que circulava entre a oposição contava com números mais elásticos, entre 60 e 65 pró-PEC. O texto precisa de 49 votos para ser aprovado e seguir para a Câmara dos Deputados.
Até tu, Brutus?
Nas planilhas dos senadores, apostam em traições dentro do PSD, de Rodrigo Pacheco, que, em incomum coragem, é o primeiro signatário.
Nome aos bois
Na miúda, os senadores até evitam nominar os “traidores”, mas não resistem ao sigilo. Apostam que Eliziane Gama (MA) será contra a PEC.
Contrapeso
Também são esperadas “traições” dentro de bancadas mais alinhadas ao governo, no PSB é esperado o voto de Chico Rodrigues (RR) pró-PEC.
Em peso
No PT, ninguém conta com os oito votos da bancada. Em um cenário otimista, espera-se apenas pela abstenção.
Nova jogada J&F tenta postergar entrega da Eldorado
Está sob análise da ministra do STJ Daniela Teixeira a mais recente jogada dos notórios irmãos Joesley/Wesley Batista para postergar a sentença arbitral que determinou a transferência da empresa Eldorado Celulose para a Paper Excellence, que a adquiriu em transação bilionária. O pedido protocolado em 8 de fevereiro tenta reverter o arquivamento, recomendado pelo MPF, de mais uma investigação, agora no Distrito Federal, em que a J&F acusa a Paper de “hackeamento”.
Desenterrando
A ministra já atendeu a J&F antes, enviando autos de um inquérito antigo, já arquivado por irregularidades, para o MPF de Brasília.
Intervenção
Os procuradores mantiveram o arquivamento e agora os irmãos Batista pedem para a ministra do STJ intervir na decisão.
Rebordosa
Juiz do TJSP chegou a atender pedidos para suspender a arbitragem, mas acabou alvo de representação do próprio presidente do Tribunal.
Ministro infrator
Jeep Compass de placa verde e amarela, a serviço do ministro Juscelino Filho (Comunicações), estacionou em área irregular por diversas horas, em Brasília, perto da sede do União Brasil.
Cargo em chamas
Luciano Bivar, com pé fora do comando do União Brasil, admitiu arrependimento na fusão entre o PSL, que ele presidia, e o DEM, ex-PFL. “Se eu pudesse rebobinar…”
Caminho aberto à censura
Parlamentares reagiram a autorização do TSE para que as redes sociais removam conteúdo supostamente falso sem decisão judicial: “é um caminho perigoso para a censura”, avalia o senador Izalci (PSDB-DF).
Medo generalizado
O ministro da Casa Civil de Lula, Rui Costa, anunciou que além de uma nova indicação para a Petrobras, o governo petista também poderá fazer novas mudanças na própria empresa e até em outras estatais.
Repulsa justificada
Causou repulsa em Brasília o patrocínio da secretaria de Cultura do DF, aparentemente à revelia do secretário, de entrevista em TV comunitária com Sayid Tenório, ex-aspone do governo Lula que ridicularizou nas redes israelense vítima de estupro coletivo por terroristas do Hamas.
Traição nas sombras
O suplente Alexandre Giordano (SP) não tem votos: virou senador na onda bolsonarista, após a morte do titular, Major Olímpio. Mesmo filiado ao MDB do prefeito Ricardo Nunes, ganhou holofotes anunciando apoio a Boulos, candidato de extrema-esquerda à prefeitura paulistana.
Tem coisa aí
Plínio Valério (PSDB-AM) acionou o Ministério da Defesa para detalhar autorização para um navio do Greenpeace fazer pesquisas na costa do Amapá. Desconfia que os ongueiros vão melar exploração de petróleo.
Deu samba
Jair Bolsonaro confirmou presença, no próximo sábado (16), na quadra da Mocidade Independente de Padre Miguel, no lançamento da pré-candidatura de Alexandre Ramagem (PL) à Prefeitura do Rio de Janeiro.
Pensando bem…
…o Brasil bolivariano de Lula ainda irá criminalizar lucro em estatal.
PODER SEM PUDOR
Separados pela língua
Recém-filiado ao PTB e derrotado para vereador na capital gaúcha, Cristophen Goulart, neto do ex-presidente João Goulart, alfinetou a prima, num encontro em Porto Alegre: “Se meu avô Jango estivesse vivo, não estaria no PDT porque era o partido de Brizola.” A deputada estadual Juliana Brizola (PDT-RS) retrucou, incorporando o “espírito” do avô: “Não posso dizer em que partido meu tio-avô Jango estaria, mas com certeza não seria no partido do Roberto Jefferson.”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos