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Senadores pedem instalação de uma CPI para apurar ações do governo federal diante da pandemia

Presidente do Senado diz que indicação para vaga no Supremo Tribunal Federal "é algo que precisa ser resolvido". (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), não determinou, na sessão desta terça-feira (02), a instalação de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para apurar ações do governo federal diante da pandemia de Covid-19. Para Pacheco, há projetos com maior prioridade neste momento.

No início da sessão desta terça-feira, senadores pediram a Pacheco a instalação da CPI. Segundo o regimento do Senado, essa é uma prerrogativa do presidente da Casa. O senador respondeu que vai se pronunciar a respeito “o mais brevemente possível”.

O requerimento para a instalação da CPI chegou em 4 de fevereiro, encaminhado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). No momento da entrega, ele já havia conseguido 30 assinaturas, três a mais que o mínimo necessário para apoiar a criação de uma CPI.

Segundo os números mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde, mais de 10 milhões foram contaminados pelo novo coronavírus no Brasil desde o início da pandemia e 257 mil pessoas morreram em decorrência da doença.

Antes das análises dos projetos pautados, senadores falaram em defesa da CPI. Tasso Jereissati (PSDB-CE), por exemplo, disse que o governo federal não atuou dentro do esperado diante da crise. Para Simone Tebet (MDB-MS), a CPI pode ajudar a entender a realidade atual do país e corrigir erros. “O passado é importante para que possamos entendê-lo e não cometamos os erros hoje e, muito menos, amanhã”.

Em resposta, Pacheco demonstrou respeito às manifestações dos colegas e, por isso, sinalizou um posicionamento a respeito do requerimento. Para ele, existem duas prioridades no Senado, a vacinação da população e a volta do auxílio emergencial.

“É óbvio e natural que o requerimento da CPI seja apreciado pela presidência. É um direito dos senadores que a presidência se pronuncie e assim o farei. Só entendo que nesse instante temos uma prioridade absoluta, que é a aprovação desses projetos [sobre vacina e auxílio], para entregar à sociedade o que ela mais precisa”, disse Pacheco.

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