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Por Redação O Sul | 25 de julho de 2019
Você sente muito sono durante sua rotina e isso tem atrapalhado seu desempenho? Muita gente simplesmente ignora essa sonolência, achando que basta algum tempo a mais na cama ou boas doses de café para solucionar o problema. Porém, um novo estudo indica que sentir sono constante pela manhã pode indicar maiores chances de Alzheimer no futuro.
O estudo, desenvolvido por cientistas do Departamento de Radiologia da Mayo Clinic (organização de pesquisas médicas), selecionou 283 participantes a partir dos 70 anos e sem indícios de doenças neurodegenerativa, como o próprio Alzheimer.
Os voluntários foram submetidos a cinco categorias de testes entre 2009 e 2016:
Avaliação cognitiva — histórico sobre doenças, nível de escolaridade, ocupações profissionais e exames para detecção de déficits visuais ou auditivos.
Avaliação do sono — questionários sobre a duração do sono, sonhos, ronco ou asfixia ao dormir, apneias, cãibras nas pernas antes de dormir e sonambulismo.
Avaliação clínica — análise do índice de massa corporal, histórico de tabagismo e depressão e frequência de atividade física.
Avaliação de imagem — realização de exames de imagem, como tomografia.
Avaliação estatística — após as demais etapas de avaliação acima, os pesquisadores compararam as informações obtidas dos participantes.
Sono x Alzheimer
Conclui-se que a sonolência diurna excessiva está relacionada ao acúmulo de amiloides, uma proteína que retém as células nervosas no cérebro e é bastante presente em pessoas com Alzheimer.
Ao dormir, o cérebro reduz o acúmulo de amiloides, minimizando as chances de demência. Na pesquisa, cientistas apontam que quem sente mais sono pela manhã apresenta maior depósito desta proteína – tendo riscos mais altos de desenvolverem Alzheimer no futuro.
De acordo com os autores do estudo, a descoberta identifica outros sintomas ao Alzheimer, de forma a alertar o público que, ao sinal de sonolência frequente durante o período diurno e distúrbios do sono, é melhor consultar um médico para realizar exames e prevenir a doença.
Como prevenir o Alzheimer
Outro estudo, desta vez feito por pesquisadores de São Francisco (EUA), revela que mais de 50% dos casos de Alzheimer podem ser prevenidos com mudanças no estilo de vida. Fatores como sedentarismo, depressão, tabagismo, diabetes, hipertensão e obesidade estão diretamente ligados a maiores índices da doença.
O nutrólogo Wilson Rondó dá dicas para prevenir a Doença de Alzheimer: preferir vegetais frescos a açúcar e grãos; ingerir ômega 3, principalmente com alta concentração de DHA e EPA; consumir antioxidantes, como alimentos ricos em vitamina C; exercitar-se; procurar seu dentista para desintoxicar seu corpo em relação ao mercúrio; evitar contato com alumínio, como desodorantes e panelas de alumínio; e exercitar a mente com palavras-cruzadas, tocar instrumentos e viajar são ótimos para estimular o raciocínio.