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Mundo “Separei documentos e dinheiro para uma emergência”, diz brasileira que mora na Ucrânia

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Paula Pereira mora na Ucrânia desde 2020. (Foto: Arquivo Pessoal)

A brasileira Paula Pereira, de 36 anos, mora em Odessa, sul da Ucrânia, desde 2020. Casada com um ucraniano, ela afirmou que, apesar do aumento da tensão no país em relação a uma possível invasão da Rússia, a maioria dos ucranianos acredita em um acordo diplomático.

“Claro, existem pessoas que estão apavoradas e assustadas. Há estrangeiros querendo sair do país. Conheço brasileiros bem assustados. Mas os ucranianos que eu conheço, a família do meu marido, meus amigos, por exemplo, estão ainda muito confiantes por um acordo diplomático. A maioria, na verdade. Eu também espero que esse seja o final da história. Eles estão acostumados com esse clima de tensão que existe há anos e não acreditam em uma guerra agora. Por isso, estou mantendo a calma”, afirmou.

A Alemanha, Lituânia, Arábia Saudita e Israel já pediram que seus cidadãos deixassem a Ucrânia. EUA, Reino Unido, Japão, Holanda e Coreia do Sul já haviam feito a mesma recomendação.

Já a embaixada do Brasil em Kiev afirmou que os cidadãos brasileiros na Ucrânia devem manter-se em alerta em meio ao aumento da tensão na região. “Não há recomendação de segurança contrária à permanência na Ucrânia”, afirmou.

Paula relata que a rotina na cidade em que mora continua normal, como comércios abertos. Já os mercados, segundo ela, ainda não registram lotação para que os cidadãos façam um possível estoque nas suas casas.

“O comércio está funcionando normalmente. Na cafeteria que eu passei hoje, por exemplo, as pessoas nem estavam olhando muito as notícias e o local estava com música. Os mercados não estão lotados, também. Realmente, neste sábado (12), está tudo tranquilo por aqui, em Odessa”, ressalta.

A brasileira afirma que, no momento, não pretende sair do país. Porém, já separou uma pasta com documentos e uma bolsa com dinheiro caso for necessário.

“Até agora não vemos motivos para sair do país porque acreditamos muito em um acordo diplomático. Caso tenha uma guerra, muitos planejam ficar nas casas. Mas, caso seja preciso, eu separei meus documentos e dinheiro para uma emergência”.

Paula afirma que a família dela, que mora em Jundiaí (SP), se preocupa com a situação. “Minhã mãe ficou apavorada e fala que estou tentando minimizar a situação e tranquilizá-la. Eu entendo a preocupação dela, sou filha única. Mas realmente, na cidade que estou, ainda não há o que se preocupar. Claro, estou atenta aos noticiários”, diz.

Ucrânia tranquiliza população

O governo ucraniano pediu neste sábado aos cidadãos que fiquem calmos e unidos, dizendo que as Forças Armadas estão prontas para repelir qualquer ataque ao país em meio à preocupação de uma invasão da Rússia a qualquer momento.

“Agora é fundamental permanecer calmo e unido dentro do país e evitar ações que prejudiquem a estabilidade e semeiem pânico”, disse o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.

“As Forças Armadas da Ucrânia estão constantemente monitorando os desenvolvimentos e estão prontas para repelir qualquer invasão à integridade territorial e soberania da Ucrânia”, acrescentou.

A Rússia reuniu mais de 100 mil soldados perto de sua fronteira com a Ucrânia, e os Estados Unidos disseram na sexta-feira que uma invasão poderia ocorrer a qualquer momento.

Moscou nega planos de invasão, dizendo que está defendendo seus próprios interesses de segurança contra agressões de aliados da Otan.

Joe Biden disse que os militares dos EUA não entrarão em guerra na Ucrânia, mas prometeu severas sanções econômicas contra Moscou, em conjunto com aliados internacionais.

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