Atento, o senador eleito Sérgio Moro (União Brasil-PR) valeu-se ontem das suas redes sociais para questionar a fala do recém-empossado presidente. Segundo Moro, no último domingo (1°), o presidente realizou três discursos e em nenhum momento citou a palavra “corrupção” ou a expressão “combate à corrupção” nas quase 6 mil palavras ditas.
“Não quero atrapalhar a festa, mas, em algum momento, vocês ouviram Lula falar em combater a corrupção nos seus discursos de ontem?”.
Decreto abre guerra contra a Frente Parlamentar do Agronegócio
A edição do Decreto Presidencial 11.357/23, que extingue a Diretoria Agrícola do Ministério de Relações Exteriores, considerado um ato “revanchista”, foi duramente criticada ontem pela Frente Parlamentar do Agro. Em nota, a Frente Parlamentar da Agropecuária “manifesta preocupação com a decisão emitida pelo Decreto, que extingue a Diretoria Agrícola do Ministério de Relações Exteriores. Importante ressaltar que a pasta é de extrema importância para o desenvolvimento do setor agropecuário nacional, para as articulações internacionais e abertura de novos mercados e, por último, para a conscientização do mercado externo sobre a qualidade e origem dos produtos brasileiros. Desta forma, a FPA pede que a medida seja reconsiderada pelo governo federal, especialmente pelo Ministério da Agricultura, também responsável à época, junto com a FPA, pela criação da Diretoria Agrícola do Itamaraty.”
A Frente da Agropecuária no Congresso
A Bancada do Agro é uma das maiores do Congresso Nacional e deve se fortalecer na nova legislatura. A expectativa da Frente Parlamentar da Agropecuária é receber novos pedidos de adesão em 2023. Atualmente, 280 parlamentares fazem parte da bancada e para a nova legislatura, 133 membros foram reeleitos. No Senado, a FPA hoje conta com 39 senadores. Para a nova legislatura, um foi reeleito, 27 ainda possuem mais quatros anos de mandato e há 11 possíveis novos adeptos.
Voz rouca, água e o câncer de laringe
No pronunciamento de posse, chamaram a atenção alguns detalhes na fala do presidente Lula. Por vezes, com a voz rouca e falha, precisou beber água em várias oportunidades. No fim do ano passado, Lula chegou a passar por um procedimento cirúrgico por problema na garganta. Lula deverá em breve, submeter-se a novos exames, para avaliar o estágio do câncer de laringe, que já o levou ao Hospital Sírio-Libanês quatro vezes desde em fevereiro de 2021, quando, segundo boletim oficial do Hospital, “precisou ser tratado com antibióticos administrados por via venosa”, atendido pelas equipes coordenadas pelos médicos David Uip e Roberto Kalil Filho. Desde o último dia 12 de novembro, Lula já esteve três vezes no Sírio-Libanês e havia sido marcada outra visita para após a posse, a quarta vez ao hospital, oficialmente para exames de rotina.
Vida de suplente não é fácil
Suplentes no Congresso, nas Assembleias Legislativas e até nas Câmaras municipais, não levam uma vida fácil. O Diário Oficial desnuda uma situação comum a senadores e deputados – federais e estaduais – que aceitam ocupar cargos no executivo, licenciando-se de suas cadeiras: exigem do suplente que mantenham praticamente intactos os cargos dos gabinetes no legislativo. Assim, ganham dois gabinetes: o do novo cargo, e o que já mantinham no legislativo, com a maioria das benesses preservadas. Na Assembleia gaúcha, um deputado que já foi suplente, brinca:
“Quando me chamaram para assumir na vaga do titular que assumiu uma secretaria, se eu não gritasse, teria direito apenas à carteira de deputado, uma cadeira e uma mesa, sem poder nomear nenhum assessor.”
Todos solidários com o Movimento Rio Grande Contra a Fome
Mencionado no pronunciamento do presidente da Assembleia Legislativa, Valdeci Oliveira, na posse do governador Eduardo Leite no domingo (1°), o Movimento Rio Grande Contra a Fome conseguiu reunir a solidariedade e apoio dos três Poderes de Estado e instituições. O Movimento, que tem no deputado Valdeci Oliveira um dos entusiastas, é um êxito. Há uma disposição de colaboração de todos os segmentos da sociedade.
Até mesmo o cantor e compositor Antonio Gringo, aceitou receber um cachê de apenas R$ 5 mil pela apresentação de lançamento do Movimento, no Salão Julio de Castilhos, na Assembleia Legislativa.