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Sergio Moro deve ter problemas no Senado após PL pedir sua cassação

Partido de Bolsonaro pede cassação do mandato de Moro no Senado. (Foto: Agência Brasil)

O ex-juiz Sergio Moro vai assumir seu mandato no Senado em 1° de fevereiro, mas as chances de ter problemas para se manter na cadeira são colossais. O processo que o PL protocolou no TRE-PR pedindo sua cassação por irregularidades na prestação de contas eleitoral é a alavanca para suas dores de cabeça.

Moro conta com um batalhão de desafetos poderosos unidos contra ele — a começar por Gilmar Mendes. Os contratempos devem azedar o 2023 de Moro: inicialmente, o TRE julgará, depois cabe um recurso ao próprio tribunal; e, em seguida, a ação deve subir ao TSE.

O diretório do PL no Paraná, pede para que supostas irregularidades em gastos e doações antecipadas por parte da campanha de Sergio Moro sejam investigadas pela Justiça Eleitoral. Se acatado o pedido, Paulo Martins, que foi o segundo mais bem votado, pode ocupar a vaga que hoje é de Moro na Casa Alta do Congresso Nacional.

Os deputados federais do Partido Liberal, Fernando Giacobo e Paulo Martins, entraram com uma ação na Justiça Eleitoral para cassar o mandato do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) no Senado. Giacobo é o presidente da sigla no estado, e Paulo Martins disputou cadeira do Paraná no Senado, mas perdeu para Moro.

Na época, Moro se manifestou nas redes sociais e disse não temer nada.

“Da minha parte, nada temo, pois sei da lisura das minhas eleições. Agora impressiona que há pessoas que podem ser tão baixas. O que não conseguem nas urnas, tentam no tapetão”, disse o ex-juiz.

O ex-ministro da justiça, foi eleito senador com 1,9 milhão de votos, o equivalente a 33% dos votos válidos. A cadeira a ser assumida por ele é a ocupada pelo antigo padrinho político e atual senador Alvaro Dias (Podemos), que disputava a reeleição.

A prestação de contas da campanha de Moro, no entanto, foi aprovada no último dia 14 pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), dois dias antes do prazo final para julgamento das contas dos eleitos no pleito de 2022. Antes disso, a área técnica da Corte havia emitido diversos pareceres apontando inconsistências nas informações prestadas e recomendou a reprovação.

Diante da situação, a defesa de Moro afirmou na época que “as inconsistências são meramente burocráticas e não comprometem a regularidade e segurança das contas de campanha”.]

Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Sergio Moro gastou R$ 5.103.465,24, sendo o maior valor de R$ 800 mil na contratação de serviços advocatícios. O segundo maior foi com serviços de impulsionamento de conteúdo nas redes sociais. Entre os principais gastos também estão R$ 425.883,28 em despesas para contratação de uma empresa de táxi aéreo.

 

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