Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 21 de outubro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O juiz titular da 13a- Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, lembrou ontem casos notórios de operações internacionais de combate à corrupção, como a que foi liderada pelo presidente norte-americano Theodore Roosevelt, no início do século 20. Também citou a Operação Mãos Limpas, na Itália, na década de 1990, que investigou cerca de cinco mil pessoas, entre empresários e políticos, efetivando mais de 800 prisões por crimes de corrupção em três anos.
Moro lembrou que a Lava-Jato começou pequena e foi crescendo a partir de investigações, até chegar ao esquema considerado “corrupção sistêmica na Petrobras”, que representa em perdas ao Brasil um valor aproximado de R$ 6 bilhões. “Isso sem falar nas perdas indiretas, como o afastamento de possíveis investidores e a ameaça à democracia, uma vez que gera descrédito popular na lei”, comentou Moro.
Moro falou aos magistrados da Justiça Estadual do Paraná, recebendo as boas vindas do presidente do Tribunal de Justiça paranaense, desembargador Paulo Roberto Vasconcelos. Ao final, Sérgio Moro fez uma referência às competências do Judiciário comentando que “acho importante essa troca de experiência entre os magistrados de diferentes instâncias. O Judiciário Estadual e o Federal podem parecer mundos diferentes, mas somos todos magistrados e o intercâmbio é válido”.
Prisão de Cunha foi “test drive”?
Há, entre especialistas da área penal, quem avalie que a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, pode ter servido para avaliar as repercussões sociais da medida extrema. A análise destas repercussões será valiosa, segundo especialistas, para a decretação da mesma medida a outros personagens envolvidos na Operação Lava-Jato.
Cunha excluído do WhatsApp
Em tempos de amizade virtual, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu o sinal mais contundente de que caiu em desgraça entre os amigos: seu nome foi excluído do grupo de WhatsApp formado pela bancada do PMDB na Câmara. A exclusão foi decretada pelo o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), administrador do grupo.
Ana Amélia insiste nas medidas contra a corrupção
Coerente, a senadora Ana Amélia (PP) voltou a defender ontem, urgência na votação das 10 Medidas de Combate à Corrupção, cujo pacote com propostas foi entregue pelo Ministério Público Federal ao Congresso Nacional, após coletar mais de dois milhões de assinaturas em todo o País. Ana Amélia lembra que “essas medidas anticorrupção têm que ser apreciadas com a brevidade possível por esta Casa e pela Câmara dos Deputados, porque é uma ação de iniciativa popular, com a assinatura de milhões de brasileiros e brasileiras, e nós não podemos dar as costas a essa iniciativa”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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