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Variedades Série com Robert de Niro tem chuva de clichês; saiba se vale maratonar

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A série de seis episódios acaba de chegar à Netflix e já é a mais vista da plataforma. (Foto: Divulgação)

Não é nenhum “Taxi driver” ou “Os bons companheiros”, mas “Dia Zero” também tem Robert de Niro em grande forma. A série de seis episódios acaba de chegar à Netflix e já é a mais vista da plataforma. O ator, além de produtor executivo, está no papel principal.

A trama recorre a truques surrados, no entanto tem sua eficiência e é irresistível para uma maratona. Seu grande trunfo é o elenco. Refiro-me sobretudo a De Niro. Fica só a dúvida se a presença dele qualifica a produção ou se, ao contrário, por contraste, ela ressalta ainda mais a falta de originalidade do roteiro. De qualquer maneira, esse é o primeiro grande papel do astro no streaming. Recentemente, ele brilhou, mas numa pequena – embora memorável – participação na argentina “O faz nada”.

De Niro vive George Mullen. Ex-presidente dos Estados Unidos, ele está recolhido com a mulher numa casa confortável e muito bonita numa área rural perto de Hudson, no estado de Nova York. Até que um grande ataque cibernético acontece, deixando um rastro de milhares de mortos pelo país. Mullen é convocado pela presidente, Evelyn Mitchel (Angela Basset, de “American horror story”), para comandar uma ação emergencial, a Comissão Dia Zero, criada pelo Congresso com poderes de investigação jamais usados: pode fazer o que quiser sem supervisão da justiça. Ele é escolhido porque tem valores e vai usar os poderes com moderação. E o público confia nele. Assim, volta à ativa para salvar a pátria.

A narrativa remete bastante a “24 horas”, clássico com Kiefer Sutherland.

É preciso investigar quem está por trás do ataque para evitar que a catástrofe se repita. O senso de urgência constante eleva a voltagem da narrativa. Como em inúmeras outras aventuras envolvendo a política americana, os russos são suspeitos, os agentes podem estar fazendo jogo duplo, e vemos numerosas tomadas aéreas com vistas para o Capitólio, a Casa Branca etc. E, claro, são muitas as cenas reunindo a cúpula da inteligência diante de telões.

Os inimigos são modernos: oligarcas da tecnologia, além de youtubers e podcasters messiânicos da extrema direita, que espalham fake news. A descrença na política tradicional facilita a ação desses vilões. Tudo isso se soma aos conflitos privados envolvendo os personagens principais. E a uma (aparente) doença neurológica que acomete o presidente.

O elenco é todo de talentos. De Niro não é a única estrela. Jesse Plemons faz Rogers, assessor de Mullen; Connie Britton é Valerie, uma assessora com quem ele teve um romance secreto; Lizzy Caplan, Alexandra Mullen, a filha dele; a premiadíssima Joan Allen é Sheila, a ex-primeira-dama. Uma numerosa figuração engravatada invade a tela constantemente: Mullen circula sempre cercado de seguranças. “Dia zero” não tem orçamento apertado.

Falta, entretanto, uma dose de ambição artística. Os clichês se acumulam, mas o roteiro é bem-amarrado e o enredo captura até o final. (Patrícia Kogut/jornal O Globo)

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