Terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de janeiro de 2023
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), vinculada ao governo federal, anunciou nesta segunda-feira (9) a exoneração da servidora Flávia Caroline Andrade Eller, apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro que esteve no domingo (8) nos atos terroristas na Esplanada dos Ministérios.
Durante os atos, uma minoria radical invadiu os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. O grupo depredou os prédios e destruiu obras de arte, móveis e equipamentos.
A exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial, mas diz que Caroline Eller atuava como assessora da Gerência de Jornalismo Web e Radioagência da empresa. O ato é assinado pelo diretor-geral da EBC, Roni Baksys.
Em uma rede social, Caroline Eller publicou um vídeo na Esplanada. Nele, ela caminha no sentido oposto aos atos e cumprimenta outros extremistas. Na legenda, ela diz ser contra atos que violem a Constituição e o Estado Democrático de Direito.
“Para quem me segue há algum tempo, já é de se saber que sou contra qualquer tipo de manifestação que viole a Constituição e o Estado Democrático de Direito. Em quase todas as minhas ‘lives’ venho me posicionando de forma clara contra qualquer tipo de manifestação que saia das quatro linhas da Constituição”, escreveu.
Terrorismo
No domingo, terroristas invadiram e depredaram Palácio do Planalto, Congresso e STF.
O movimento golpista que ocorre há semanas em Brasília foi engrossado por dezenas de ônibus que chegaram no fim de semana.
Apesar disso, a PM do DF mantinha poucos homens no local e não conseguiu frear os terroristas. A polícia foi criticada e acusada de omissão.
Obras de arte e móveis foram quebrados no palácio presidencial. O plenário do STF ficou destruído.
Lula decretou intervenção federal para assumir a segurança do DF, e o governo pediu a prisão do bolsonarista Anderson Torres, que respondia pela segurança em Brasília.
Reunião
O presidente Lula, em reunião com governadores nesta segunda, disse que o país não vai permitir que a democracia escape das mãos.
Lula convocou a reunião após os ataques terroristas na Praça dos Três Poderes, no domingo, quando manifestantes radicais depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Foram a Brasília 23 governadores. Os outros quatro estados enviaram representantes. Todos os discursos no encontro foram de defesa da democracia e repúdio aos ataques do domingo.
Lula, ao encerrar a reunião, disse que a democracia é o único regime que pode possibilitar que todas as pessoas no Brasil possam fazer três refeições por dia.