A Federação Nacional dos Servidores Públicos (Fenasps) solicitou ao governo federal a suspensão das metas e do ponto eletrônico dos servidores nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, em função da calamidade pública causada pelas enchentes que assolaram a região sul do País.
Em ofícios enviados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério do Trabalho e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a entidade sindical destacou a urgência da medida diante do caos provocado pelas fortes chuvas.
“Diante do caos provocado pelas fortes chuvas, com inundações, destruição e alagamento de dezenas de cidades na região sul, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, podendo ocorrer também no Estado do Paraná nos próximos dias, vimos reiterar a importância de determinar aos gestores destas regiões, a imediata suspensão das metas ou ponto eletrônico, até que as condições de trabalho sejam devidamente restabelecidas”, diz trecho do ofício.
Aumentou para 100 o número de mortes provocadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul, de acordo com balanço divulgado na noite desta quarta-feira (8) pela Defesa Civil Estadual.
Pelo menos 130 pessoas estão desaparecidas e 374 ficaram feridas. Mais de 230 mil encontram-se desalojadas ou desabrigadas.
No total, 423 municípios do Estado registraram danos em razão dos temporais dos últimos dias.
Conforme o boletim da Defesa Civil, mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pelas cheias que assolam o RS.
Dados das escolas afetadas (danificadas, servindo de abrigo, com problemas de transporte, com problema de acesso e outros): 952 escolas, 236 municípios, 28 CREs, 331.223 estudantes impactados, 425 escolas danificadas e 77 escolas servindo de abrigo.
A Fenasps busca a flexibilização das cobranças de metas e o registro de ponto eletrônico para os servidores públicos, visando possibilitar um ambiente mais adequado de trabalho diante das adversidades enfrentadas pelos estados atingidos.
“A medida busca não apenas resguardar os servidores diante das dificuldades enfrentadas, mas também garantir a continuidade dos serviços essenciais à população, considerando o momento de emergência em que se encontram esses estados”, destaca a federação.