Olhar os desafios como a chave para encarar tempos de contínua transformação: essa é a determinação do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística do Rio Grande do Sul (SETCERGS), que completa 62 anos de fundação em agosto de 2021. A entidade representa o segmento em atividades como negociações coletivas de trabalho, aproximação com autoridades e articulação de questões técnicas, operacionais e mercadológicas.
“É o segundo maior sindicato do setor no Brasil e um dos maiores da América Latina. Hoje, representamos em torno de 7 mil empresas, associadas ou não”, conta o diretor de Gestão do SETCERGS, Roberto Machado. A atual diretoria assumiu em 2021, com a proposta de abrir a entidade para a participação de mais transportadoras e de obter conquistas concretas para o setor.
“O sindicato está na vanguarda da busca por conhecimento e tecnologia. Nossos projetos também incluem a implementação de serviços a preços mais acessíveis, como a certificação digital, a aquisição de tags de pagamento automático de pedágios, convênio com laboratório para realização de exames toxicológicos e a criação de um ponto de atendimento, em parceria com o DAER, na sede da entidade”, relata Machado.
Outra bandeira do sindicato é a redução da burocracia, que cria entraves e custos desnecessários, como a obrigatoriedade de trazer um caminhão da fábrica, em São Paulo, para colocar a placa no Rio Grande do Sul. “Lutamos pelo registro dos caminhões novos e dos semi-reboques ainda no pátio das montadoras, como já acontece em outros estados. Isso representa redução de custos para o próprio consumidor, pois essas despesas são embutidas no frete”, ressalta o diretor de Gestão.
Para o segundo semestre, o SETCERGS estuda a criação de um clube de compras para facilitar a aquisição de produtos para as transportadoras, como pneus, rastreadores e até caminhões, além da instalação de três delegacias no interior do Estado, a princípio em Três Cachoeiras, Lajeado e Santa Cruz do Sul.
A luta pela vacinação e redução da burocracia
Desde que as vacinas contra a Covid-19 começaram a ser aplicadas, os transportadores se mobilizaram em prol da imunização. “Esta é uma questão humanitária, as empresas precisam se preocupar com todos e o trabalhador está na linha de frente, não tem como seguir a orientação de ficar em casa pois tem que abastecer a sociedade”. Roberto Machado relata que o SETCERGS entrou em contato com autoridades de saúde e prefeituras gaúchas pedindo a imediata vacinação dos profissionais, considerados grupo prioritário, e afirma que muitas cidades atenderam o pedido e começaram a vacinação.