Segunda-feira, 07 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2017
A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores, que havia anunciado o voo no domingo. O retorno da aeronave VC-2 (Embraer 190) ao País estava previsto para a madrugada desta quarta-feira, na Base Aérea de Brasília. O avião deixou o Brasil na segunda-feira, realizou uma escala em Nova York (Estados Unidos) e chegou a Saint Martin na tarde passada.
O Itamaraty vem monitorando diretamente a situação dos brasileiros afetados pelo cataclismo. Além de São Martinho, outras duas ilhas apresentam situação de crise, com colapso total ou parcial da infraestrutura de transportes, comunicações e abastecimento: Tortola (uma das Ilhas Virgens Britânicas) e Turcas e Caicos (também sob a soberania britânica).
Até o momento, há registros oficiais de pouco mais de 60 brasileiros nessas três ilhas – cerca de 30 em Sint Maarten (lado holandês de São Martinho), duas em Saint Martin (lado francês), 22 em Tortola e 11 em Turcas e Caicos. O órgão também está em contato com o Reino Unido para coordenar a retirada dos cidadãos brasileiros em territórios britânicos, uma vez que a pista do aeroporto de Tortola não permite aterrissagem nas condições atuais.
Atendimento
As três ilhas não contam com rede de serviços consulares do Brasil, por isso as tratativas estão sendo feitas pelas embaixadas na Europa. Apesar disso, o Itamaraty montou um núcleo de atendimento emergencial em Brasília e uma rede de comunicação em tempo real com os postos diplomáticos nestes países, a fim de reunir as informações sobre possíveis brasileiros afetados pela catástrofe.
“O núcleo de atendimento e os postos no exterior já receberam centenas de ligações e mensagens de brasileiros que se encontram nas regiões afetadas e de seus familiares e amigos. Graças a essa rede de contatos, vêm sendo superadas as dificuldades de comunicação causadas pela interrupção das linhas em algumas regiões e, sobretudo, pela inexistência de postos da rede consular brasileira, de carreira ou honorários, nas três ilhas”, frisou um comunicado do Ministério.
Logo nas primeiras horas após a passagem do furacão, quando já se esperava uma melhora nas condições meteorológicas para planejar ações diretas de apoio aos cidadãos brasileiros afetados, o governo solicitou às Embaixadas do Brasil na França, nos Países Baixos e no Reino Unido que incluíssem cidadãos do País em planos de evacuação nas respectivas ilhas. Conforme o Itamaraty, alguns brasileiros já haviam conseguido deixar tais localidades por meio da cooperação internacional.