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Sete índices da economia explicam por que você se sente mais pobre

Inflação pesa no bolso dos brasileiros, que têm sentido que a vida está mais difícil. Crédito: Reprodução

Um dia você foi ao supermercado e pensou que aquela loja tinha perdido a noção ao subir tanto o preço da manteiga. Tentou outra rede e lá o tablete também estava custando mais. Aí a conta de luz chega visivelmente mais salgada e você se pergunta onde é que o dinheiro do mês foi parar.

A conclusão é uma só: a inflação voltou. Mas há muito mais do que o encolhimento do que sobra do seu salário depois dos gastos do mês para fazer você se sentir mais pobre. Veja abaixo sete indicadores econômicos que mostram por que muitos brasileiros têm sentido que a vida está mais difícil.

1 – Redução da meta fiscal do governo.

Um sinal de que a economia está desacelerando é a redução da meta fiscal do governo, anunciada recentemente. Com a recessão econômica, que afeta a arrecadação de tributos, o governo tem encontrado dificuldades para fazer a economia prometida para manter a dívida pública sob controle.

2 – Projeção de PIB para 2015 cada vez menor.

A redução da meta fiscal pode ser considerada um resultado direto da piora sobre a expectativa para o PIB (Produto Interno Bruto), que agrega toda a riqueza gerada pelo País em um determinado período. Segundo economistas consultados pelo Banco Central na pesquisa Focus, o PIB brasileiro encolherá 1,7% neste ano.

3 – Inflação.
O índice oficial de inflação, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), está em 8,89% em um período de 12 meses terminado em junho. Isso significa que, se o reajuste do seu salário ficar abaixo desses 8,89%, você não acompanhará o aumento geral dos preços e ficará mais pobre neste ano. Não são só fatores internos que explicam o avanço da inflação. O dólar alto torna mais caro importar produtos para abastecer o mercado interno, por exemplo.

4 – Renda média do trabalho dá sinais de queda.

A desaceleração da economia dá, desde março, as primeiras mostras de impacto sobre o rendimento médio, segundo pesquisa Pnad Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que considera todos os Estados do Brasil. Segundo o IBGE, esse é um dos fatores que explicam o aumento do desemprego.

5 – Desemprego em alta.

A queda na renda e o avanço da inflação ajudam a pressionar o índice de desemprego. Se a renda da família caiu e o dinheiro está valendo menos, quem fica fora do mercado agora precisa colaborar para manter o padrão de vida.

6 – Grana curta, crédito caro.

Para controlar a inflação, o Banco Central subiu a taxa básica de juros da economia para 13,75% ao ano. Com isso, comprar parcelado deixa de ser uma opção. Sim, antes você comprava parcelado e gastava um pouco mais todo mês. Precisando controlar os gastos e com a inflação subindo, a prestação quase não cabe mais no bolso. Melhor deixar para depois.

7 – Dólar nas alturas.

O panorama de crise tem aumentado a cotação do dólar em relação ao real, agravado pela redução da meta fiscal, que foi mal recebida pelo mercado. Também entram na conta fatores externos, como a desaceleração chinesa e a crise grega, por exemplo. O impacto da alta do dólar pode ser observado claramente na queda dos gastos dos brasileiros no exterior, que foram 20,2% menores no semestre. (Folhapress)

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