Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de maio de 2017
Os cassinos fazem suas apostas e voltam à mesa de negociações no maior país da América Latina, setenta anos após serem proibidos no Brasil. Ontem, um dos ícones mundiais do setor de jogos, o americano Sheldon Adelson, presidente da Las Vegas Sands, maior empresa de cassinos dos Estados Unidos, se reuniu com o prefeito do Rio, Marcelo Crivella. Porém, a visita do multibilionário empresário com sua equipe, não é a única. Também esteve na cidade recentemente James Murem, que comanda o grupo MGM Resorts, famoso por seu empreendimento em Las Vegas, um dos locais mais conhecidos dos brasileiros quando o assunto é jogo.
A lista de empresas interessadas em explorar a atividade de cassinos no país vem crescendo a cada mês. Até uma das figuras mais conhecidas de Las Vegas, Jan Laverty Jones, ex-prefeita da cidade, esteve em Brasília, já que hoje é uma das principais executivas do Caesars Entertainment Corporation, dona do Caesars Palace, um dos mais conhecidos da Las Vegas Strip. Já esteve por aqui nos últimos meses ainda o grupo dono da rede Red Rock, com espaços na Califórnia e Michigan, nos EUA.
Mas não são apenas os americanos. Os europeus Estoril Sol, de Portugal, e até a estatal austríaca que administra cassinos em Viena estiveram em Brasília apresentando a indústria do cassino e do entretenimento como ferramenta para impulsionar a indústria do turismo no Brasil.
A legalização dos cassinos, porém, é um assunto cercado de polêmica no Brasil. Muitos grupos criticam a proposta de legalização argumentando que o jogo pode levar à lavagem de dinheiro, à criação de organizações criminosas e ao vício. Do outro lado, o próprio governo já se convenceu de que a legalização dos cassinos vai ajudar no desenvolvimento da economia. Segundo o deputado Elman Nascimento (DEM-BA), presidente da comissão especial da Câmara que analisou o tema, a expectativa é de investimentos de 80 bilhões de reais. (AG)