O setor de serviços do Brasil recuou mais do que o esperado em março, com perdas generalizadas entre as atividades. O volume de serviços em março apresentou queda de 2,3% sobre o mês anterior, anulando a alta de 0,4% em fevereiro e a estabilidade de janeiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (12).
Trata-se da maior queda desde 2012. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a contração foi de 5% no volume. Os números do IBGE mostram que em março, na comparação mensal, os segmentos de serviços prestados às famílias e outros serviços apresentaram as piores perdas, de 2,1% e 1,2%, respectivamente. Já o agregado especial das atividades turísticas teve aumento de 0,9% na comparação com fevereiro.
No primeiro trimestre, o setor de serviços não mostrou recuperação, ao ficar estável sobre os três últimos meses de 2016. O desemprego elevado afeta o setor de serviços apesar da desaceleração da inflação. O Brasil fechou o primeiro trimestre com mais de 14 milhões de pessoas sem emprego.
Alguns indicadores já envolvendo o segundo trimestre têm mostrado que a recuperação pode não estar vindo. Em abril, o Índice de Confiança de Serviços, apurado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), interrompeu série de três altas e recuou, sinalizando ajuste na avaliação do setor sobre as condições de negócios. (Folhapress)