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Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2017
O volume do setor de serviços do País recuou 0,8% em outubro na comparação com setembro, informou nesta sexta-feira (15) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), considerando os ajustes sazonais.
O resultado foi puxado, principalmente, pela diminuição dos serviços prestados às famílias, que recuaram 2,3%. Também caíram os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%); transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-1%); e outros serviços (-0,1%). O agregado especial das atividades turísticas recuou 1,5%.
Os Estados que registraram as maiores quedas no volume de serviços prestados foram Piauí (-5,3%), Ceará (-4,9%) e Acre (-3,5%). Por outro lado, houve alta na Bahia (2,8%), em Sergipe (2,5%) e no Distrito Federal (1,6%).
Quanto às atividades turísticas, o volume de serviços aumentou no Rio Grande do Sul (3,7%), na Bahia (1,7%), no Espírito Santo (1,4%) e em Minas Gerais (0,3%). As quedas partiram do Paraná (-3,4%), de São Paulo (-2,4%), de Santa Catarina (-2,1%), do Rio de Janeiro (-2,0%), de Pernambuco (-1,9%), do Ceará (-1,4%), de Goiás (-1,2%) e do Distrito Federal (-0,6%).
Na comparação com outubro do ano passado, a queda foi de 0,3%. No ano, o setor acumula baixa de 3,4% e, em 12 meses, de 3,7%.
Investimentos
O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria da Fundação Getulio Vargas avançou 10,9 pontos no quarto trimestre de 2017 em relação ao trimestre anterior, atingindo 116 pontos, o maior nível desde o primeiro trimestre de 2014 (116,6). O indicador mede a disseminação do ímpeto de investimento entre as empresas industriais, colaborando para antecipar tendências econômicas.
“Com a alta no quarto trimestre, o Indicador de Intenção de Investimentos retoma a trajetória de alta que havia sido interrompida no trimestre anterior. Apesar do bom resultado, o número elevado de empresas prevendo estabilização dos investimentos nos próximos meses sinaliza que parte do setor continua em compasso de espera e que uma aceleração mais expressiva dos investimentos dependerá da redução da incerteza econômica e política”, afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas públicas da FGV.
Esse é o terceiro trimestre consecutivo em que a proporção de empresas prevendo investir mais nos 12 meses seguintes superou a das que projetam investir menos, algo que não ocorria desde 2014. Entre o terceiro e o quarto trimestres de 2017, houve aumento da parcela de empresas que preveem investir mais, de 21,1% para 26,6%, e redução da proporção das que preveem investir menos, de 16% para 10,6%.
As empresas industriais também são consultadas quanto ao grau de certeza em relação à execução do plano de investimentos nos 12 meses seguintes. No quarto trimestre de 2017, a proporção de empresas certas quanto à execução do plano de investimentos (26,8%) superou a de empresas incertas (25,3%). No trimestre anterior estas proporções haviam sido, respectivamente, de 28,2% e 27,3%. O resultado confirma a melhora em relação ao ano passado que já havia sido observada nos trimestres anteriores. Mas a proporção ainda elevada de empresas incertas sugere a possibilidade de que o ambiente econômico e político ainda instáveis continuem atuando como fatores limitativos à expansão dos investimentos nesta fase de recuperação da economia.