O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,7% em junho, na comparação com maio, na segunda alta seguida, mostram os dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na comparação com junho de 2021, o avanço foi de 6,3%. Com o resultado de junho, o setor se encontra 7,5% acima do nível pré-pandemia (de fevereiro de 2020), mas os serviços voltados às famílias ainda não conseguiram recuperar as perdas e seguem 6,1% abaixo do patamar de antes da chegada da Covid-19.
O resultado veio acima do esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de avanços de 0,5% na comparação mensal e de 6,1% na base anual.
No acumulado no 1º semestre, o setor mostrou expansão de 8,8% frente a igual período de 2021. Por outro lado, desacelerou no indicador do acumulado em 12 meses, ao passar de 11,7% em maio para 10,5% em junho. Segundo o IBGE, o volume de atividade ainda está 3,2% abaixo do ponto mais alto da série, registrado em novembro de 2014.
O setor de serviços é o que possui o maior peso na economia brasileira e foi o mais atingido pela pandemia, sobretudo as atividades de caráter mais presencial, como os serviços prestados às famílias.
Alta de 1,1% no trimestre
O setor de serviços encerrou o segundo trimestre com crescimento de 1,1% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, reforçando a leitura de avanço do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no 2º trimestre.
Foi a oitava taxa trimestral positiva consecutiva nesta base de comparação, mas o crescimento do setor mostrou desaceleração, após os avanços de 1,5% nos últimos 3 meses de 2021 e de 1,6% no 1º trimestre deste ano.
Serviços prestados às famílias ainda não eliminou perdas
Das 5 atividades pesquisadas pelo IBGE, 4 tiveram avanço em junho, com destaque para o segmento de transportes (0,6%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%).
Já os serviços prestados às famílias tiveram alta de 0,6%, quarta taxa positiva seguida, com destaque para os serviços de artes cênicas e espetáculos, bem como para a gestão de instalações esportivas. Por outro lado, os serviços de alojamento e alimentação tiveram queda de 0,8% ante maio.
“Apesar de ainda ser o único setor abaixo do patamar pré-pandemia, vem mostrando trajetória de crescimento e se aproximando cada vez mais da recuperação”, afirmou Luiz Almeida, analista da pesquisa. O segmento ainda se encontra 6,1% abaixo do nível de fevereiro de 2020.