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Economia Setor de serviços brasileiro começa 2021 com alta de 0,6%, aponta IBGE

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Em janeiro, país completou uma sequência de oito meses sem registrar queda no volume de serviços prestados, mas ainda se encontra 3% abaixo do patamar pré-pandemia

Foto: Divulgação
(Foto: Divulgação)

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,6% em janeiro, na comparação com dezembro, completando uma sequência de oito meses sem registrar queda. Todavia, o setor ainda não conseguiu recuperar todas as perdas diante da pandemia do coronavírus. É o que apontam os dados divulgados nesta terça-feira (09) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na comparação com janeiro de 2020, o setor de serviços registrou queda de 4,7%, o segundo pior resultado para o primeiro mês do ano de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, ficando atrás somente de janeiro de 2016, quando o tombo foi de 5%. Já o indicador acumulado em 12 meses apresentou recuo de 8,3%, variação negativa recorde para um mês de janeiro.

O setor, que tem o maior peso na economia brasileira, fechou 2020 com um tombo recorde de 7,8%, tendo sido a principal influência negativa sobre o PIB (Produto Interno Bruto) do País, que teve queda de 4,1%, a maior retração registrada nos últimos 25 anos.

Com oito meses sem variação negativa no volume de serviços prestados, o setor acumula ganho de 19,6% no período. Todavia, mesmo com esse crescimento o patamar do setor ainda se encontra 3% abaixo de fevereiro de 2020, antes de ser declarada a pandemia. Além disso, se encontra 13,8% abaixo do ponto mais alto do setor, registrado em novembro de 2014.

Segmento de transportes puxa alta no mês

Das cinco grandes atividades do setor de serviços, apenas duas registraram crescimento no primeiro mês do ano: a de transportes, com alta de 3,1%, e a de serviços profissionais, administrativos e complementares, com avanço de 3,4%.

De acordo com o IBGE, o segmento de transportes acumulou ganho de 29,6% entre maio de 2020 e janeiro de 2021, mas ainda se encontra 2,7% abaixo do patamar de fevereiro. Já o de serviços profissionais acumulou alta de 13,9% desde junho de 2020, mas ainda sem eliminar a perda de 20% acumulada entre novembro de 2019 e maio de 2020.

Embora os serviços de transporte tenham crescido menos que os profissionais, foi ele o principal responsável pela alta geral do setor em janeiro. De acordo com o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, “todos os segmentos dentro do setor de transportes mostraram crescimento e esse espalhamento ajuda a explicar o resultado”.

Segundo o pesquisador, dentre as atividades de transporte com maior crescimento estão o rodoviário coletivo de passageiros, que inclui ônibus que fazem viagens municipais, estaduais e internacionais, e o aéreo de passageiros.

“Isso pode ser um reflexo do aumento da flexibilização das medidas de isolamento, com os traslados das pessoas pelas cidades brasileiras, utilizando transporte público. Talvez essas viagens sejam motivadas pela época do ano, quando acontecem as férias”, apontou Lobo.

Perspectivas

Setor de maior peso na economia brasileira – os serviços representam cerca de 70% do Produto Interno Bruto do País – ainda precisa avançar muito para recuperar as perdas acumuladas com a pandemia do coronavírus.

Diante da escalada da crise sanitária, que tem levado alguns estados e municípios a retomarem medidas rígidas de distanciamento social, é possível que essa recuperação demore ainda mais a acontecer.

O mercado financeiro reduziu a perspectiva de alta da economia brasileira nesta semana. Conforme o Relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (08) pelo Banco Central, os economistas das principais instituições financeiras do país reduziram de 3,29% para 3,26% a estimativa de crescimento do PIB para este ano. Ao final de 2020, a projeção dos analistas era de um crescimento de 3,39%.

Já para a inflação, o mercado financeiro elevou sua projeção pela nona vez seguida. A previsão dos analistas é de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador da inflação oficial do país, deve fechar o ano em 3,98%, acima da meta central do governo, que é de 3,75%. Pelo sistema de metas, não haverá descumprimento se o índice oscilar entre 2,25% e 5,25% em 2021.

Outras projeções dos analistas para a economia brasileira em 2021 apontam que o dólar pode chegar a ser cotado em R$ 5,15 no final do ano – na semana passada, a estimativa para a taxa de câmbio era de R$ 5,10.

Já para a balança comercial, a projeção do saldo (resultado do total de exportações menos as importações) caiu de US$ 55,10 bilhões para US$ 55 bilhões de resultado positivo, enquanto a estimativa para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil recuou de US$ 55 bilhões para US$ 52,5 bilhões.

tags: Brasil

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