Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de fevereiro de 2021
Na passagem de novembro para dezembro, indicador ficou estável, interrompendo uma sequência de sete altas
Foto: DivulgaçãoEm meio à pandemia de coronavírus, o índice de atividades turísticas despencou 36,7% em 2020 frente a igual período de 2019, segundo divulgou nesta quinta-feira (11) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O desempenho do setor de turismo foi pressionado, sobretudo, pelos ramos de restaurantes, transporte aéreo, hotéis, transporte rodoviário coletivo de passageiros, catering, bufê e outros serviços de comida preparada e agências de viagens.
Na passagem de novembro para dezembro, o indicador ficou estável, interrompendo uma sequência de 7 altas. De acordo com o IBGE, o segmento de turismo ainda precisa avançar 42,9% para retornar ao patamar de fevereiro de 2020, mês que antecedeu aos efeitos da pandemia.
“Todas aquelas atividades de caráter presencial, como transporte aéreo de passageiros, restaurantes, hotéis, locações de automóveis e agências de viagens, puxaram o indicador para baixo, fazendo com que ele ficasse estável nesse mês”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Todas as 12 unidades da federação investigadas pelo IBGE registraram taxas negativas, com destaque para São Paulo (-40,0%), seguido por Rio de Janeiro (-30,9%), Minas Gerais (-35,2%), Bahia (-37,2%) e Rio Grande do Sul (-43,3%).
O setor de turismo foi um dos mais afetados pela pandemia dentro das atividades de prestação de serviços, sobretudo os segmentos de alojamento, alimentação, serviços prestados às famílias e transportes. De acordo com o gerente da pesquisa, para recuperar os patamares mais altos o setor de serviços depende da vacinação em massa da população brasileira.
“Para além de qualquer medida que o governo ou as empresas possam adotar para avançar o setor de serviços nas suas diversas esferas , nada vai ser mais importante que uma vacinação em massa da população. É impossível dissociar uma recuperação dos serviços da questão sanitária no país. Naturalmente, o que se impõe [sem a vacinação] é uma menor circulação de pessoas e, consequentemente, uma menor prestação de serviços, sobretudo daqueles que dependem do atendimento presencial”, avaliou Lobo.