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Sexo frágil?

Ayn Rand, defensora do objetivismo. (Foto: Reprodução)

Não há dúvidas quanto à importância do movimento feminista para o bem-estar da mulher. O sistema social ocidental anterior à ascensão do feminismo era montado sobre uma estrutura patriarcal, em que o homem fazia o papel de provedor da casa e a mulher era apenas um ser subordinado a ele. A opressão não se resumia apenas aos afazeres domésticos; abrangia também a literatura, educação e vida profissional. Perante a lei, a mulher não tinha direito algum, não usufruía de plena liberdade de expressão e, em alguns casos, nem sequer tinha responsabilidade legal individual pelos seus atos.

O feminismo, depois da sua reinvenção, é considerado por muitos um termo condenado e cego. Condenado porque é, na maioria das vezes, associado à defesa de suposta superioridade feminina, que exprime o mesmo sexismo do discurso que outrora inferiorizava as mulheres. É cego, pois não enxerga as diferenças biológicas entre os sexos, baseado em um inconformismo sem qualquer fundamento. Esse movimento, hoje, promove a disputa de microclasses como forma de ruptura social que nada mais almeja do que a busca pela promoção de direitos específicos para o segmento, desencadeando o que, na sua fase inicial, se buscou combater: o tratamento desigual.

Essa agitação extremamente personalista, excludente e favorecedora das mulheres deixa a sociedade fragmentada. A luta do movimento deve ser por mudanças na cultura, respeito e tolerância, mas nunca por direitos exclusivos. Alguns podem pensar que, devido a inibidores culturais, as mulheres precisam de líderes do mesmo sexo para lutarem por elas, pois somente elas poderiam romper as barreiras e corrigir erros do passado. Ayn Rand, defensora do objetivismo, afirma que o vitimismo feminino é superável à medida que a educação e uma postura forte são disseminadas. As mulheres devem ser merecedoras das suas conquistas por meio de muito trabalho e consistência. Fazer por merecer é o melhor caminho e, certamente, o mais correto. Não vamos envergonhar aquelas que tanto lutaram para que o mundo fosse mais justo e com oportunidades para todos.

Nina Mazzali, empresária e associada do IEE.

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