Durante uma conversa sobre preconceito e respeito às mulheres no programa “Encontro com Fátima Bernardes” desta sexta-feira (3), Sheron Menezzes relatou ter sofrido um assédio aos 13 anos: “Eu fui abordada por um tarado. Ele não chegou a tocar em mim, por que eu sempre fui de brigar, perguntar: “O que é?”. Mas você se reprime. Eu tenho que ouvir isso, baixar a cabeça e sair andando? Como você reage? É muito difícil”, explicou a Bertoleza de “Liberdade, liberdade”.
A atriz também destacou a importância da educação para evitar que casos absurdos de violência continuem acontecendo: “É importante dizer para o seu filho que ele precisa tratar uma mulher bem, não importa como ela está vestida. Eu posso estar nua, se eu quiser. O corpo é meu e ninguém pode tocar”.
Antes, reforçou uma obviedade constantemente esquecida: “A gente precisa aprender a conviver com a diferença. Enquanto as pessoas não entenderem que ser diferente é normal, porque é normal, que ninguém é igual, nada vai mudar”.
Vítima de ataques racistas no fim do ano passado, Sheron conta que se emociona com os desdobramentos da personagem na trama das 11h: “Bertoleza tem me deixado muito triste. Eu choro quando leio, quando gravo, quando assisto. É uma história que não acabou (…). Naquele momento que você está no lugar e você coloca aquela coisa (corrente) no seu pescoço, no seu pulso, é um desespero. Aquilo vem, é uma dor muito grande”. (AG)