Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de novembro de 2023
Sheynnis Palacios, da Nicarágua, é a ganhadora do 72ª edição do Miss Universo. O concurso aconteceu no último sábado (18), em São Salvador, capital de El Salvador. Ela ocupará o lugar da estadunidense R’Bonney Gabriel, de 29 anos, que venceu o título em 2022.
A vitória da jovem de 23 anos também representou a primeira vez em que uma nicaraguense vence o prêmio. Em sua rede social, um post exaltou a sua conquista: “Obrigado por dar esta alegria ao nosso país!”.
Anntonia Porsild, da Tailândia, ficou em segundo lugar, Moraya Wilson, da Austrália, em terceiro. Maria Brechane, a representante do Brasil no concurso, não chegou ao top 20. Após a cerimônia, chorou e desabafou nas redes sociais.
Sheynnis competiu pela coroa ao lado de 84 mulheres de todo o mundo que compareceram perante um júri composto pela modelo Halima Aden, a estrela de “Queer Eye” como Carson Kressley, a influenciadora do TikTok Avani Gregg e duas ex-misses, Janelle Commissiong, de Trinidade e Tobago (Miss Universo 1977), e Iris Mittenaere, da França (Miss Universo 2016).
Ativista da saúde mental
Sheynnis Palacio é uma ativista da saúde mental e produtora audiovisual, de 23 anos, nascida em Manágua, Nicarágua, em 30 de maio de 2000. Formada em Comunicação pela Universidade Centroamericana, é também jogadora de vôlei.
A causa dela este ano será a saúde mental, que decorre das suas próprias experiências com a ansiedade. Vindo de um país onde esta questão é raramente abordada, iniciou uma iniciativa acessível chamada “Understand Your Mind” (Entendendo Sua Mente, em tradução para o português), na qual entrevista um especialista em cuidados emocionais nos seus segmentos de televisão, segundo o perfil de Sheynnis nas redes sociais.
Ela também produziu eventos e outros projetos audiovisuais sobre este tema. No seu tempo livre, ela resgata gatos e cães, e adora um bom jogo mental de quebra-cabeças.
Além do programa “Understand Your Mind”, Sheynnis também é apresentadora do “Ao Dia”, programa de televisão matinal de um canal de seu país.
Embora prefira ficar atrás das câmeras, Sheynnis acredita que os holofotes podem servir para resolver os diversos problemas do mundo. Seu objetivo de vida, segundo seu perfil, é “trabalhar a serviço da humanidade, dirigindo uma equipe editorial e produzindo conteúdos e propagandas para marcas internacionais”.
A jovem nicaraguense se considera uma pessoa resiliente e disse, em uma breve descrição de si mesma no Miss Universo, que se pudesse ter um poder seria o de dominar elementos como ar e fogo.
Na rodada final de perguntas, quando restaram apenas os finalistas, Sheynnis respondeu que, se pudesse escolher, gostaria de passar um dia na vida de Mary Wollstonecraft, uma filósofa e feminista britânica do século XVIII que ela admira. “Ela foi a primeira mulher a lutar pelos direitos das mulheres”, disse a nova Miss Universo.