Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de dezembro de 2024
Um incêndio atingiu no fim da manhã dessa sexta-feira (6) o Canoas Shopping, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com informações da direção do centro de compras (localizado no bairro Mathias Velho), o fogo ocorreu na área de manutenção e foi controlado em cerca de meia hora pelo Corpo de Bombeiros. Fora o susto, ninguém se feriu ou intoxicou.
Relatos internos indicam que as chamas começaram por volta das 11h, em uma área do segundo pavimento onde funcionam sistemas de energia e uma torre de refrigeração por meio de ar-condicionado. No momento não havia funcionários nessa parte do complexo comercial. Um possível curto-circuito – ou outra causa – é investigado.
Uma grande coluna de fumaça podia ser vista a várias quadras de distância, gerando preocupação na cidade. O estabelecimento foi evacuado e depois novamente liberado ao público antes das 13h. Por meio de nota, o Shopping Canoas frisou que as atividades seriam mantidas normalmente até o horário normal de fechamento, às 22h.
Pousada Garoa
A Polícia Civil indiciou nesta semana três pessoas por incêndio culposo – agravado por morte – no caso da unidade da pousada Garoa na avenida Farrapos, em Porto Alegre, na madrugada de 26 de abril. O incidente teve como saldo 11 mortos e 14 feridos.
Segundo informações extraoficiais, os três investigados são o dono do estabelecimento, um dirigente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e uma agente do órgão municipal. O inquérito concluiu que a soma de condições precárias, irregularidades e negligência, somada a problemas na fiscalização, foram determinantes para a tragédia na hospedaria – que, pela legislação municipal, não precisava apresentar plano de prevenção e combate a incêndios.
Ao longo do inquérito – cujo andamento sofreu atrasos inclusive por conta dos impactos das enchentes de maio no Estado – foi afastada a possibilidade de incêndio criminoso. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) identificou que as chamas começaram em um quarto próximo à escada do estabelecimento, mas a destruição do prédio não permitiu determinar o que causou o fogo.
Cabe agora ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) analisar o processo. Se o caso avançar na Promotoria, os investigados (não necessariamente todos) poderão ser denunciados à Justiça. A sentença para esse tipo de crime pode chegar a quatro anos de prisão.
(Marcello Campos)
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