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Brasil Shoppings no Brasil perdem 11 mil lojas de abril a agosto

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Corredor vazio ainda é desafio para mais vendas e menos lojas fechadas. (Foto: Agência Brasil)

Os shoppings do país enfrentam dois principais desafios após a reabertura: recuperar o faturamento, ainda 27,4% abaixo do registrado antes da pandemia, e conter a saída de varejistas. Entre abril e agosto, 11 mil lojas fecharam as portas no setor, o que representa 10,4% do total, o dobro do percentual anterior à Covid-19, segundo dados da Abrasce, que representa os shoppings.

Com a entrada de novos negócios, porém, a taxa está agora em 8%. As negociações para reduzir o custo para lojistas vão continuar, só que caso a caso. E já é esperado um movimento de consolidação no varejo.

O risco de uma saída robusta de lojistas, explica Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvea Malls, foi contido porque, no fechamento dos shoppings, em março, as administradoras acordaram a suspensão ou adiamento de pagamentos de aluguel e outras taxas com seus lojistas.

“Após a pandemia, a taxa média de vacância (a fatia de lojas vazias) dobrou nos shoppings, chegando a 8% ou 9%. E há um conjunto de razões para isso. Tem centros comerciais e lojistas que vão sofrer mais; outros, menos. O desafio vem agora, com as cobranças voltando, mas o faturamento ainda reduzido”, destaca o especialista.

Os shoppings concordam que suspender cobranças nos meses de fechamento sustentou o varejo de pé até a reabertura. E frisam que a recuperação será gradual.

“Todos farão seus sacrifícios nessa reacomodação após o pacto para que o setor sobrevivesse e se fortalecesse. Os custos vão voltando, mas a rentabilidade também. Os shoppings que já vinham trabalhando para oferecer mais lazer e serviços, se conectaram a marketplaces e já reduziram custos se saem melhor”, pondera Glauco Humai, presidente da Abrasce.

O percentual de lojas vazias nos 577 shoppings do país deve fechar o ano em 7%, avalia ele, explicando que toda crise puxa também oportunidades. Já as vendas devem ficar 10% abaixo de 2019, dependendo da evolução da pandemia.

Evandro Ferrer, diretor executivo da Ancar Ivanhoe, de Rio Design Barra e Nova América, frisa que as cobranças são feitas de acordo com a realidade de cada cliente:

“Ainda oferecemos condições especiais para as lojas satélites e franquias, por serem os mais afetados pela crise, e atuamos junto com instituições financeiras para obter condições especiais e linhas de crédito aos lojistas”, diz, destacando que cresce a demanda por operações nas áreas de saúde e bem-estar.

Falta de clientes

O cenário nos shoppings é puxado por um fator principal: a redução no movimento de consumidores. Muitas pessoas deixam de sair em razão do distanciamento social. Na hora de comprar, muitos optam pelo comércio de rua, sobretudo o de bairro, explicam os especialistas.

Os shoppings passaram por grandes transformações nos últimos anos, quando deixaram de ser caixas fechadas focadas apenas em compras para se tornarem um destino de lazer e serviços. É o fluxo de consumidores puxados principalmente pelo entretenimento que vinha impulsionando as vendas dos lojistas.

“Os shoppings reabriram, mas operações que trazem grande movimento estão fechadas, como áreas de lazer e cinemas. E há ainda restrições em horário de funcionamento, como em São Paulo, principal polo do setor. Isso impacta diretamente o desempenho em vendas”, diz Luís Augusto Ildefonso, diretor Institucional da Alshop, que reúne os lojistas de shopping.

O faturamento reportado por lojistas está em 40% do registrado em igual período de 2019. A expetativa era que essa taxa estivesse em 70%. Grupos como brMalls, Aliansce Sonae e Ancar Ivanhoe afirmam que em algumas praças, como no Rio, as unidades que ficam em bairros mais populares estão mais cheias do que as unidades em áreas mais ricas. O carioca Riosul, na Zona Sul da cidade, sente a mudança no fluxo de clientes.

“Há ausência de operações de entretenimento, a torre corporativa está retomando aos poucos. E há o freio no turismo. O fluxo de pessoas está em 60% do que tínhamos em igual período de 2019. Já as vendas chegaram a 75%”, destaca Márcio Werner, superintendente do Riosul.

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https://www.osul.com.br/shoppings-no-brasil-perdem-11-mil-lojas-de-abril-a-agosto/ Shoppings no Brasil perdem 11 mil lojas de abril a agosto 2020-09-26
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