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Sim, as reformas do Estado

O Estado do Rio Grande do Sul já entrou para a história como um dos grandes exemplos de desgraça fiscal e econômica. (Foto: Leandro Osório/Especial Palácio Piratini)

O Estado do Rio Grande do Sul convive há décadas com problemas fiscais. Sem arrecadar o suficiente para pagar todas as suas obrigações e com as despesas crescendo a cada ano, o Estado vem gerando sucessivos déficits nas contas públicas. Ao longo de anos, os governos vêm cedendo às pressões e interesses das corporações e sindicatos, fazendo com que as despesas aumentassem sem arrecadar o suficiente para pagar todas essas obrigações.

As soluções buscadas no passado não foram nada boas para resolver os desajustes estruturais e o volume das dívidas e despesas. Muito pelo contrário, mais agravaram o problema do que solucionaram. Administrações passadas foram empurrando o problema e usando manobras para manter as contas em dia. Agora essas fontes vêm secando, e, se não mexermos no verdadeiro problema, as consequências serão ainda piores.

Ao mesmo tempo, a Previdência também vive uma situação alarmante, com um rombo que passará dos R$ 12 bilhões. É a pior situação entre os estados da federação. Como consequência, há mais de quatro anos o governo atrasa ou parcela salários dos servidores do Poder Executivo, e a capacidade de investimentos despenca ano após ano. Falta dinheiro para pagar a folha em dia, mas também falta dinheiro para atender às expectativas do cidadão, que paga altos impostos e não vê os recursos chegando para melhorar escolas, estradas, serviços de saúde e segurança.

Por isso, as reformas são inevitáveis. É uma realidade que exige tomar as decisões certas em busca do equilíbrio financeiro. Assim, cada deputado tem o poder de, nesta hora, refletir e votar em nome de uma sociedade inteira cansada de pagar a conta e de esperar por melhores serviços e investimentos que só ocorrerão quando o déficit público for equacionado.

O Estado do Rio Grande do Sul já entrou para a história como um dos grandes exemplos de desgraça fiscal e econômica. A maioria das medidas destruidoras, mais do que sabido, foram construídas com afinco por governantes populistas. Que foram aumentando cada vez mais o tamanho da máquina pública, concedendo privilégios e direitos a alguns, à custa do restante da população. Os deputados gaúchos devem votar pelo futuro do nosso Estado, não pelo retrocesso. Votem pela maioria dos gaúchos que, em curto e longo prazo, será ainda mais prejudicada pelo atual déficit das contas públicas.

Richard Sacks, empreendedor e associado do IEE.

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