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Símbolo da resistência dos gaúchos, cavalo Caramelo ganha microchip para identificação

O resgate do animal comoveu o País em meio às enchentes no Rio Grande do Sul. (Foto: Instagram/Ulbra Canoas)

O cavalo Caramelo, que virou símbolo da resistência dos gaúchos no enfrentamento à maior tragédia climática da história do Estado, agora possui um microchip. O procedimento foi realizado no Hospital Veterinário da Ulbra, em Canoas, onde o animal segue em recuperação após ter sido resgatado do telhado de uma casa no bairro Mathias Velho, onde passou alguns dias ilhado.

Embora seja um processo pouco conhecido no Brasil, mas muito usual em outros países do mundo, o procedimento apresenta uma série de benefícios essenciais para a gestão da saúde dos animais.

Em comunicado, a Ulbra explicou que o procedimento se dá por meio de injeção subcutânea ou intramuscular, que injeta o dispositivo no animal. A identificação é feita através de um número único que pode ser lido por um scanner. O microchip é uma maneira de individualizar o animal.

A prática é uma forma de identificação muito rápida e pouco invasiva, bastante adotada em cães e gatos. O método evita modificações no corpo dos animais, como ocorre na utilização de brinco, tinta, tatuagem ou outro método de marcação. A longevidade faz o processo valer a pena, uma vez que não demanda manutenção ou recarga durante toda a vida.

Todos os animais abrigados pela Ulbra são submetidos a castrações e, posteriormente, à instalação dos dispositivos. A microchipagem permite a identificação do animal, fornecendo um número que ele levará para sempre, com os seus dados de cadastro, além de outras informações que facilitarão o reconhecimento. A partir dele, dados como a espécie, raça, medicações diárias, condições de saúde, vacinas e características especiais estão acessíveis.

A Ulbra ressaltou que o microchip não funciona como um GPS, ou seja, não tem como atribuição e capacidade o monitoramento da localização do animal. Embora nos casos de animais perdidos, seja fundamental para identificá-los.

A estratégia também dificulta a venda ilegal dos animais, além de garantir o cumprimento de normas sanitárias internacionais, no caso dos animais que são transportados de um país a outro.

Para o coordenador do curso de Medicina Veterinária da Ulbra Canoas, Jean Soares, é fundamental a gestão da população dos animais de uma forma geral. “A enchente trouxe à tona um problema sério, e temos a oportunidade de tentar reverter isso nos próximos anos. Esse é um trabalho de longo prazo”, afirmou.

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