Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 4 de novembro de 2022
Apoiadora do presidente eleito Lula (PT), a senadora Simone Tebet (MDB-MS) solicitou ao senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, reforço de segurança e escolta da Polícia Legislativa após receber ameaças de morte. A informação é da revista Veja e foi divulgada na manhã desta sexta-feira (4).
Tebet disputou a Presidência da República nas eleições deste ano. No primeiro turno, em 2 de outubro, ela ficou na terceira posição, com 4,16% dos votos válidos. Lula, com 48,43%, e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), com 43,20%, disputaram o segundo turno.
Tebet se aliou a Lula no segundo turno. Em votação realizada no último domingo (30), o petista venceu com 50,9%, contra 49,1% do candidato à reeleição. Com isso, Lula governará o Brasil de 2023 a 2026.
“Depois de entrar de cabeça na campanha de Lula, a senadora Simone Tebet passou a ser alvo de ataques raivosos de bolsonaristas, principalmente pelas redes sociais. As ameaças, inclusive de morte, aumentaram drasticamente nos últimos dias e obrigaram a parlamentar a agir”, diz trecho da matéria da Veja.
Ainda no dia 30, logo após o resultado da eleição, a senadora publicou um texto no Twitter agradecendo aos brasileiros e dizendo: “As urnas falaram, Venceu a democracia e a verdade. Viva o povo brasileiro. Meus parabéns, presidente”, escreveu ela e marcou a página de Lula.
A emedebista pediu um tipo de escolta que geralmente serve para senadores em viagens e eventos públicos fora de Brasília (DF). No caso de Simone, a polícia ficará 24 horas na escolta dela, onde quer que ela esteja.
A senadora está na comitiva do presidente eleito que vai para no Egito participar da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), que será realizada entre 6 e 18 de novembro. Lula foi convidado pelo presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sissi.
Tebet também afirmou que Bolsonaro vai deixar o cargo sem assumir a derrota para Lula. “Resumo da fala do PR [presidente da República]: após 48 horas de absoluto silêncio, ele vai deixar o cargo sem reconhecer a derrota. Terminará como sempre foi: personalista, autocrata, agente do caos. Sem colocar o povo em primeiro lugar”, disse.
Tebet avaliou que o processo eleitoral se deu de forma absolutamente correta. “As urnas falaram. É preciso escutar a voz das urnas e promover um grande trabalho de pacificação e união nacional”, concluiu.
Ao falar pela primeira vez depois da derrota nas runas, Bolsonaro disse ser o “líder de milhões de brasileiros”.
Bolsonaro afirmou que a “direita surgiu de verdade em nosso país”. “Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade. Formamos diversas lideranças em todo o Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso”, seguiu. As informações são dos jornais Correio Braziliense e O Estado de Minas.