Terça-feira, 21 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de novembro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A frase mais importante do dia de ontem foi: “Não, aumento de imposto não.” Seu autor, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, tem mestrado na Universidade de Chicago e sabe: onerar a produção aumentará a inadimplência, situação grave enfrentada pelo governo.
Demonstrando bom senso, Guedes apresentará logo proposta de simplificação do sistema tributário, que é um dos mais complicados do mundo. A fórmula deveria ter andado há muitos anos. Faltou determinação e competência de outros governos. Tomara que, desta vez, vá em frente.
É da linha do tiro
O deputado federal Luiz Henrique Mandetta, do DEM, foi o único representante da bancada do Mato Grosso do Sul na Câmara que votou favoravelmente pelo afastamento de Dilma Rousseff, Eduardo Cunha e Michel Temer.
Subiu de cotação e foi escolhido ministro da Saúde ao dizer que o Programa Mais Médicos parecia convênio entre Cuba e o PT.
Espiral não para
O placar eletrônico Impostômetro chega hoje a 2 trilhões e 100 bilhões de reais. É a arrecadação desde 1º de janeiro deste ano. Em 2017, esse valor foi atingido a 21 de dezembro.
Outra comparação: a 21 de novembro de 2015, o Impostômetro registrou 1 trilhão e 800 bilhões de reais. Quem percebeu, na prestação de serviços, alguma melhoria?
Missão pesada
A Comissão do Congresso aprova relatório preliminar do Orçamento com prazo para o novo governo propor mudanças. Antes, terá de localizar um mágico para transformar pedra em areia.
Está dito tudo
A proposta orçamentária do governo federal para 2019 prevê despesas equivalentes a 25,3 por cento com rolagem, amortização e juros da dívida pública.
É possível continuar gastando mais do que a arrecadação?
Briga de vaidades
A expectativa da indicação para o secretariado estadual leva a esta situação: quando um quer, dois brigam.
Sem divisão obrigatória
A mudança em relação aos profissionais a serem contratados pelo Programa Mais Médicos: os salários irão integralmente para seus bolsos.
Na gritaria
A comissão especial da Câmara dos Deputados teve uma reunião tumultuada, ontem, para tentar analisar o projeto Escola Sem Partido. Foi forte o bate-boca. Quase saíram no tapa. A turma do deixa disso entrou em ação para apartar.
Foi praticamente uma extensão do que acontece em centenas de salas de aula, de Norte a Sul do país.
Rombo completa 22 anos
A 21 de novembro de 1996, foi fechado acordo para transferir o Banco do Estado de São Paulo, com rombo de 30 bilhões de reais, ao controle do governo federal. Criado em 1909, tinha a imagem de instituição séria e responsável até o começo da década de 1980, quando o governo estadual transformou-o em Casa da Moeda, emitindo dinheiro e fazendo o milagre da multiplicação dos recursos orçamentários.
Epidemia se espalhou
Outros 19 estados adotaram a mesma forma de ataque aos seus bancos, caracterizando gestões perdulárias. Bastava o cartão de algum político unido à arrogância de clientes ao pedir um empréstimo: “O senhor sabe com quem está falando?”. Era a senha para os gerentes ficarem assustados e abrirem o cofre, aumentando o rombo. Todos sabiam, antecipadamente, que o dinheiro não voltaria. Acertaram na previsão.
Crimes sucessivos
O total da federalização dos bancos estatais falidos custou 50 bilhões de reais ao Tesouro Nacional. Dinheiro que ficou no bolso de malandros e oportunistas. Enriqueceram e permaneceram impunes, enquanto o fundamentalismo estatista dizia que a produção não sobreviveria sem um banco sob controle do poder público. Sobreviveu e cresceu.
O que mudou
No passado, governar era fazer escolhas. Hoje, os que assumem não têm nem essa chance.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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