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Sindicalistas impedem funcionamento da Assembleia Legislativa

Plenário fechado: Legislativo gaúcho foi impedido de funcionar ontem. (Foto: Divulgação)

Um pequeno grupo de militantes ligados ao Cpers (Sindicato dos Professores) e a outras entidades, a pretexto de protestar contra o projeto de adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal, impediu ontem o ingresso de deputados e servidores no Palácio Farroupilha. O grupo ignorou inclusive um pedido do presidente da casa, deputado Adão Pretto (PT), que preferiu não adotar qualquer medida para restabelecer a normalidade do funcionamento do Legislativo.

Presidente foi coerente

A decisão do presidente do Legislativo, Adão Pretto, de não requisitar qualquer medida legal para garantir o funcionamento do Legislativo não surpreende. O presidente mostrou coerência. Afinal, sua principal base de apoio está em movimentos sociais e no MST, o conhecido Movimento dos sem Terra, acostumado a praticar atos bem mais radicais que o protesto de ontem dos sindicalistas.

Banalização de atos violentos

Nas entrevistas que concedeu ontem, o presidente da casa chegou a demonstrar certa irritação com o fato de ser impedido de ingressar no Palácio Farroupilha e no seu gabinete de trabalho. Adão Pretto sentiu na carne o que no início do mês sentira o líder do governo, deputado Gabriel Souza, ao ser impedido de entrar no seu gabinete, invadido por um grupo radical. Na época, a Assembleia silenciou e não emitiu qualquer manifestação institucional repudiando a agressão. Na verdade, está ocorrendo uma crescente banalização de atos radicais e violentos de sindicalistas que pregam o discurso do diálogo, mas praticam a violência contra pessoas e instituições. Aproveitam-se da tibieza de alguns governantes que, sem exata noção da responsabilidade do cargo que ocupam, temem adotar as medidas legais em defesa das instituições.

O caso do lixo em Pelotas: reina silêncio

Reina absoluto silêncio na prefeitura de Pelotas sobre o polêmico processo de licitação do Sanep, serviço municipal de Saneamento, para contratar a prestadora de serviços de remoção do lixo. Não houve disputa, depois da desqualificação da Onze Ambiental, e a Meioeste, disputando sozinha, venceu o certame, com uma proposta de R$ 51 milhões. Agora sabe-se que o envelope da Onze, descartado pela comissão de licitação, continha uma proposta com valor R$ 10 milhões menor que a concorrente.

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