Sexta-feira, 18 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 30 de maio de 2018
Na tarde dessa quarta-feira, o Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) informou que ao menos 25 das 45 plataformas da bacia de Campos, no Rio de Janeiro, haviam aderido à greve nacional da categoria, iniciada durante a madrugada e com duração prevista de 72 horas.
Além das plataformas, houve manifestações de petroleiros no Terminal de Cabiúnas, onde é armazenado o petróleo da bacia de Campos, e nas bases administrativas de Macaé, também no Rio de Janeiro. O Sindipetro-NF é ligado à FUP (Federação Única dos Petroleiros), principal entidade na coordenação do movimento.
“Dentre as 25 plataformas mobilizadas, 15 foram entregues em operação ao contingente mínimo da Petrobras, enquanto outras sete foram entregues paralisadas (quatro delas em razão de manutenção e três em razão de a equipe de contingência não ter como realizar as operações). Já as demais três tiveram adesão por meio do não embarque dos grupos que estavam programados para hoje”, detalhou o Sindipetro-NF.
São as seguintes as plataformas envolvidas na greve: PCE1, PPM1, PNA-2, PCH-1, PVM1, P-07, P-08, P-12, P-15, P-19, P-20, P-25, P-26, P-32, P-33, P-35, P-37, P-40, P-47, P-48, P-50, P-51, P-61, P-63 e P-65.
De acordo com a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), que congrega cinco sindicatos e também encabeça a mobilização da categoria, houve 90% de adesão nas unidades.
“Advertência”
A paralisação dos petroleiros – definida por seus protagonistas como uma “greve de advertência – exige a redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis, a manutenção dos empregos e retomada da produção interna de combustíveis.
Também estão na pauta de reivindicações o fim da importação da gasolina e outros derivados de petróleo, o fim da privatização e do que chamam de “processo de desmonte do Sistema Petrobras”, além da demissão do Pedro Parente da presidência da Petrobras.
Transtornos
O coordenador geral da FUP, José Maria Rangel, afirmou que a greve de 72 horas da categoria, que deve prosseguir até esta sexta-feira, não afetará o abastecimento de combustíveis no País. Ele fez um paralelo com a crise de desabastecimento diante da greve dos caminhoneiros, cujos efeitos tendem a se normalizar nos próximos dias.
“Não é verdadeiro que a greve pode causar desabastecimento porque, durante a paralisação dos caminhoneiros, a Petrobras continuou produzindo e os tanques estão abarrotados. Conduzimos o processo de tal forma para que não falte combustível para suprir as necessidades da população”, declarou em entrevista a uma emissora de rádio.
“A FUP convocou a greve nacional contra a política de preço dos combustíveis e do gás de cozinha, contra a privatização da Petrobras e pela saída imediata do presidente da estatal Pedro Parente. As primeiras ações começaram pela manhã em diversas refinarias, terminais e plataformas da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro”, frisou a entidade em seu site oficial.