Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 10 de julho de 2016
OAshley Madison, site de adultério que foi invadido por hackers no ano passado, está sendo investigado pela FTC (Federal Trade Commission) dos Estados Unidos por seu uso de “bots” para bater papo com clientes pagantes do sexo masculino. A informação foi dada pela própria companhia. Bot é uma contração de “robots”, ou robôs. Trata-se de um aplicativo que pode ser programado, como um robô, para realizar tarefas específicas no computador, geralmente para enganar alguém.
O site de encontros foi invadido por hackers, expondo as identidades de seus assinantes interessados em “pular a cerca” e documentos internos que mostraram que ele usava os chamados “fem-bots” (programas virtuais usados em conversas, no caso simulando mulheres), que levavam os homens a acreditar que estavam se envolvendo com mulheres reais dispostas a ter um caso.
Avid Life Media, que controla o Ashley Madison e outros sites de encontros como o Cougar Life e o Established Men, nomeou um novo executivo-chefe, Rob Segal, para tentar um recomeço para a companhia.
Segal, ex-executivo-chefe da WorldGaming, disse que a FTC está investigando o uso de bots pela empresa. Um porta-voz confirmou que a FTC está “compartilhando antecipadamente informações com as autoridades reguladoras” desde agosto de 2015.
Segal disse que os bots, que estariam sendo usados porque o site é muito mais visitado por homens do que mulheres, foram desativados. James Millership, recentemente nomeado presidente do Ashley Madison, depois de trabalhar como subordinado a Segal na WorldGaming, acrescentou: “Meu entendimento é de que os bots estão disseminados no setor, mas não estão mais sendo usados, e não serão usados, na Avid Life Media e no Ashley Madison”.
Reformulação.
O Ashley Madison, que se anunciava com o slogan “A vida é curta. Tenha um caso”, está tentando se reposicionar como site de encontros para pessoas de “mente aberta” e com “espírito aventureiro”, em vez de para pessoas interessadas apenas em ter um caso extraconjugal. Ele está interessado em aquisições, parcerias e em uma reformulação total de sua marca, segundo Millership.
O executivo-chefe da empresa, Noel Biderman, deixou o cargo em agosto, após detalhes de 37 milhões de membros terem sido divulgados na internet por um grupo de hackers que se autointitula “The Impact Team”.
As consequências incluíram pelo menos um processo e uma investigação pela polícia de Toronto (Canadá), onde fica a sede da companhia, sobre possíveis suicídios ligados à invasão do site.