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Variedades Skincare íntimo para homens requer cuidados, dizem dermatologistas

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Produtos voltados ao público masculino são parte de debate sobre novas masculinidades. (Foto: Reprodução)

Sabonetes, séruns e desodorantes para a região íntima dos homens têm se tornado cada vez mais comuns, segundo dermatologistas, e até mesmo aparelhos de cortar pelos desenvolvidos especificamente para a área agora são ofertados.

Ana Paula Meski, médica do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), afirma observar no dia a dia da clínica que pessoas na faixa etária de até 35 anos são as que mais buscam se informar sobre esses cuidados.

“Recebo queixas até mesmo de coisas que não são possíveis de serem tratadas, como a pigmentação natural da pele e cicatrizes na região escrotal”, diz. “São coisas que fazem parte da anatomia normal, mas as queixas mostram que o interesse aumentou bastante.”

Daniel Coimbra, membro da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), diz que a região pode causar incômodo “seja por hipercromia, que é mancha escura, suor ou irritação”.

Rafael Meier, diretor de marketing da Vito, afirma que as vendas do sabonete aromático ofertado pela marca mais do que dobraram no segundo mês após o lançamento em 2022. Já Bruno Gilliard, diretor da You Man Grooming, diz que as vendas do desodorante íntimo da empresa triplicaram desde o lançamento em 2023.

Outros exemplos de produtos que surgiram nos últimos tempos são o sérum clareador que uniformiza a cor da pele e combate odores da Intimen; o sérum hidratante e reparador da Lubs, que é comercializado para todos os gêneros e foi feito para as áreas peniana, vulvar e anal; as máquinas de cortar pelos com lâmina de cerâmica ofertadas pela Neres e pela ManClub; e o desodorante e o pós-barba desta última.

“A lâmina de cerâmica irrita menos a pele que a de metal, o que resulta em menor chance de proliferação de bactéria, de fungo e hiperpigmentações”, explica Meski.

Gilliard diz acreditar que esse movimento do mercado está alinhado ao debate sobre novas masculinidades que se vê na sociedade. “Antes, cuidar da aparência e da higiene de forma mais detalhada era tabu. Hoje, o termo ‘metrosexual’, que era usado há 20 anos para designar homens que se cuidavam, praticamente caiu em desuso porque se tornou algo comum”, afirma.

Quais cuidados tomar?

Coimbra reforça que há cuidados a serem tomados em nome do consumo consciente e seguro. O dermatologista propõe que os consumidores busquem produtos sob orientação médica e com ingredientes comprovados, principalmente cremes ou desodorantes. “Produtos com ácido hialurônico e niacinamida são boas opções para hidratação e ação anti-inflamatória.”

Ele também adverte sobre o uso de desodorantes na região íntima, sugerindo que o ideal é procurar fórmulas sem álcool e com o mínimo de fragrância possível, para evitar irritações. Para ele, o mercado tem respondido bem à demanda, mas é importante estar atento a possíveis propagandas milagrosas e à falta de transparência nas fórmulas. “O mais importante é que o consumidor procure orientação profissional e teste qualquer produto em uma área pequena da pele antes de aplicá-lo em toda a região”, afirma.

Meski, do Hospital das Clínicas, enfatiza os cuidados da depilação. Antes de remover os pelos da região, o ideal é lavá-la com água e sabonete neutro, em seguida secá-la com uma toalha e, aí sim, a área está pronta para ter os pelos retirados.

“No pós, sugiro os produtos adstringentes, que hidratam a pele e assim reduzem a ruptura do folículo. Eles causam um crescimento de pelo ‘melhor’, uma cicatrização melhor”, diz.

Para quem remove os pelos por completo, ela ressalta que são eles os responsáveis por evitar traumas na pele decorrentes da fricção da pele durante a relação sexual. Homens e mulheres sem pelos na região íntima, portanto, terão essas fricções —mas muitos as evitam usando lubrificante durante o sexo.

Além disso, a depilação talvez cause foliculite (inflamações ou infecções parecidas com pequenas espinhas), o que é absolutamente natural. “A maioria dos casos é superficial e normalmente a cura ocorre sozinha, mas os mais graves e recorrentes ensejam tratamento com um dermatologista, pois podem causar perda permanente do pelo, manchas e cicatrizes”, diz. (As informações são do jornal Folha de S.Paulo)

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