Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 23 de novembro de 2022
O relatório técnico apresentado em conjunto pelo PL e o Instituto Voto Legal foi uma bomba na narrativa de confiabilidade absoluta nas urnas, repetida à exaustão pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Só 40% dos equipamentos, cerca de 193 mil urnas do modelo UE2020, funcionaram perfeitamente e os registros podem ser relacionados ao equipamento que coletou os votos. A maior parte das urnas, de 2009 até 2015, têm números inválidos, o que impossibilita fazer a correlação dos dados.
Motivo de preocupação
Segundo o engenheiro formado no ITA Carlos Rocha, que comandou o estudo, esse número inválido “é um indício muito forte indício de falha”.
No detalhe
Dados mostram que Bolsonaro venceu nas urnas “auditáveis”, modelo UE2020 com 51%. Nas antigas, “inauditáveis”, Lula venceu com 52%.
Outro problema
Rocha também se diz preocupado com os travamentos de urnas, que levaram à exposição de dados pessoais e até violação do sigilo do voto.
Ingenuidade
O engenheiro explicou que quer “interagir construtivamente com o TSE” para verificação extraordinária, como prevê resolução da própria corte.
PT resgata taxação de fortunas, que nunca fez
O PT retomou a retórica populista de ameaçar taxar grandes fortunas para fomentar a divisão do país, mas a verdade é que teve 14 anos no poder e não tomou qualquer iniciativa nesse sentido. O maior problema é definir o que seria “grande”, como destaca o especialista em direito empresarial Fernando Brandariz. O jurista lembra que no Congresso há projetos falando de valores variando de R$2 milhões, valor médio de apartamento de classe média em grandes cidades, até R$10 milhões.
Papo de campanha
O discurso normalmente é usado por partidos que nunca estiveram no poder, mas o PT o retomou, fingindo nunca ter governado o Brasil.
Debate será intenso
“A diferença é muito grande”, afirma o especialista, destacando que o tema deve ser discutido durante eventual terceiro mandato do petista.
Fuga de capital
Brandariz prevê um “impacto reverso” caso haja a aprovação e muitas famílias vão acabar transferindo as residências fiscais para outro país.
Chá de sumiço
Com seu prolongado silêncio, o presidente Jair Bolsonaro sinaliza renuncia à liderança da metade do País que nele votou. Deixa na mão inclusive a militância, que se arrisca nas ruas e estradas em sua defesa.
Arrogância premiada
Saiu barato para o desembargador Eduardo Prado Rocha Siqueira, do TJ de São Paulo, que humilhou guarda civil de Santos durante a pandemia: o Conselho Nacional de Justiça o “puniu” com gorda aposentadoria.
CPI dos Abusos
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) quer uma CPI no Congresso para investigar os abusos como a censura e o banimento de cidadãos e até parlamentares de redes sociais, em ofensa à liberdade de expressão.
‘Perdeu, mané’ não basta
O Brasil se distancia cada vez mais da reconciliação sempre que aparecem autoridades como ministros do STF e TSE provocando a metade bolsonarista da população com decisões padrão “perdeu, mané”.
Nova lógica
Ao dar 24 horas para o PL incluir o primeiro turno na representação sobre eleições, o ministro Alexandre de Moraes mostra que agora também determina os crimes que a eventual vítima deve denunciar.
Tá tudo junto
“Não deve ter consultado os técnicos do TSE”, disse o deputado Filipe Barros sobre exigência sobre dados do primeiro turno. Segundo ele, logs são arquivos sequenciais e únicos, e incluem os dados dos dois turnos.
Rei da obviedade
Chefe da equipe de holofotes do governo paralelo do PT, Randolfe Rodrigues retomou sua especialidade de fazer declarações irrelevantes, mas, apesar disso, garantir espaço nos veículos de comunicação.
País boleiro
O mercado de trabalho brasileiro ainda está se recuperando de todo o impacto sofrido durante a pandemia, mas é tempo de Copa do Mundo. Pesquisa Catho, revela que, para manter o ritmo e não aborrecer os empregados, 64% das empresas vão transmitir os jogos até em telões.
Pensando bem…
…se o VAR da eleição confirmar o “pênalti”, pode resultar em cartão vermelho para o juiz.
PODER SEM PUDOR
Tancredo e Fafá
Na campanha das diretas, em 1984, o governador mineiro Tancredo Neves comparecia aos comícios sempre acompanhado do chefe do gabinete militar, o coronel PM Paulo Duarte. Certa vez, em Fortaleza, à saída do palanque, o cuidadoso coronel meteu Tancredo dentro do carro e, ao perceber que, perto, a cantora Fafá de Belém tentava se livrar do assédio dos fãs, empurrou-a também para o interior do automóvel e mandou o motorista partir em disparada. Encontraria o carro adiante, estacionado. Tancredo e Fafá conversavam, às gargalhadas. Tancredo abriu o vidro: “Coronel, se o senhor não fosse da PM, eu lhe promovia a general!”
(Com a colaboração de André Brito e Tiago Vasconcelos)
Voltar Todas de Cláudio Humberto