Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 9 de dezembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Após quatro anos consecutivos de redução no excessivo número de funcionários, as empresas estatais do governo federal voltaram a inchar e onerar a folha no governo Lula (PT). Além de diversos benefícios, aposentadorias e planos de saúde especiais, os empregados de estatais estão fora do teto salarial do funcionalismo. Em 2023, foram R$130,2 bilhões gastos com pessoal, segundo o Relatório Agregado de Empresas Estatais Federais. Em 2022, esse custo foi bem menor: R$115,8 bilhões.
Custo sem benefício
Se a farra no valor da folha salarial aumentou exponencialmente, caíram em 2023 o lucro das estatais (-28%) e seu faturamento (-5,2%).
Fazenda de cabide
O número de funcionários de estatais federais caiu de 476,2 mil em 2019, para 434 mil em 2022. Em 2023 voltou a subir, para 436,3 mil.
Recorde negativo
Os R$130,2 bilhões torrados com salários e benefícios nas estatais é o maior valor desde 2020, mesmo corrigido pela inflação.
Concentração
Cerca de 82% de todos os funcionários de estão em cinco estatais: Banco do Brasil, Caixa, Correios, Petrobras e uma certa Ebserh.
Deputados acusam ação política de Dino no MA
O rompimento político do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, com o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), esquentou o clima na Assembleia Legislativa. Com medo de represália do ministro, poucos ousam se manifestar como o deputado estadual Dr. Yglésio (PRTB), que usa a tribuna da Alema para acusar Dino de atuação política no Estado. Sob reserva, adversários do ministro criticam a interferência dele no TCE-MA. A coluna pediu esclarecimentos ao ministro, por meio da sua assessoria, mas não obteve resposta até fechar esta edição.
Desafeto
O ministro suspendeu a eleição para o tribunal de contas, com tudo para lograr vencedor o apoiado de Brandão, ex-vice de Dino e atual desafeto.
STF é logo ali
A ação é do Solidariedade do estadual Othelino Neto. Que também tenta anular no STF a eleição (que perdeu) para presidência da Alema.
Em família
Othelino é chegado de Dino. É casado com Ana Paula Lobato (PDT), suplente alçada ao posto de senadora com ascensão de Dino ao STF.
Jatinho supremo
Presidente do STF, o ministro Luís Roberto Barroso ainda é a autoridade que mais utiliza jatinhos do Grupo Especial de Transporte Aéreo da FAB: foram 127 voos só este ano, mais de um a cada três dias.
E a gente pagando
Os 40 ministros do governo, comandantes das Forças Armadas e os presidentes da Câmara, Senado e do Supremo Tribunal Federal já conseguiram realizar 1.475 voos, até novembro, nos jatinhos da FAB.
Calendário curto
Com o recesso parlamentar previsto para começar oficialmente no próximo dia 23 de dezembro, deputados federais e senadores trabalham apenas até a próxima quinta-feira (19).
Quadro inverso
Viraliza nas redes sociais o “monitor da violência” que aponta São Paulo como o Estado com o menor índice de mortes violentas proporcional à população. O Amapá lidera tem índice 700% maior que São Paulo.
Leilão
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não confia em qualquer compromisso fiscal vindo do governo Lula, exímio gastador. avalia que “se precisar, [Lula] vende o Brasil pela eleição de 2026”.
Alta é certa
O Copom se reúne nesta semana para definir os rumos da taxa de juros. No mercado financeiro, não tem quem aposte em manutenção. A dúvida é sobre a elevação, 0,5%; 0,75% ou 1%. A maioria aposta em 0,75%.
Reforma vem aí
Aumenta a fervura em Brasília para que Lula antecipe a reforma ministerial de 2025, prevista para depois da eleição para o comando da Câmara e do Senado. O faminto PSD cota maior na Esplanada.
Mudança no Bacen
O Senado sabatina nesta terça (10) os três indicados de Lula para diretorias do Banco Central: Nilton Davi (Política Monetária), Gilneu Viva, (Regulação) e Izabela Correa (Relacionamento Institucional).
Pensando bem…
…sem economia, o governo não tem o que gerenciar.
PODER SEM PUDOR
Como lidar com bajuladores
Os políticos estão sempre cercados de bajuladores, e gostam. Mas houve exceções como Antônio Carlos Andrada, presidente da província de Minas Gerais. Ele retornava de viagem à Europa quando um assessor bajulador tomou uma lancha no cais e foi recebê-lo ainda a bordo do navio, antes mesmo de o ilustre político reencontrasse a própria família. O presidente se vingou: “Você está cada vez mais careca!” O puxa-saco respondeu, nojento: “Sim, mas cada vez mais amigo de Vossa Excelência!”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
Instagram: @diariodopoder
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Voltar Todas de Cláudio Humberto