Uma reunião conjunta das comissões de Saúde e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, nessa quarta-feira, veio à tona o modo como as autoridades tratam os sobreviventes, familiares e socorristas da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria. O presidente da associação criada para defesa dos interesses das vítimas, Sérgio da Silva, revelou que, no primeiro momento, nada faltou a ninguém. Mas, com o passar do tempo, houve recuo, deixando em dificuldades pessoas cujos quadros clínicos apenas se mantiveram estáveis, quando não pioraram.
Entre os problemas de saúde citados estão insônia, depressão, crises de ansiedade, transtornos alimentares e doenças neurológicas e dermatológicas, além de sequelas no sistema respiratório. De certo modo, essas pessoas também perderam um pouco da vida. Quem organizou a reunião, oferecendo tribuna a Sérgio da Silva, foram os deputados Valdeci Oliveira e Jefferson Fernandes, do PT, e Catarina Paladini, do PSB. Espera-se que os outros políticos, sobretudo os responsáveis por garantir atendimento às vítima de uma tragédia que entristeceu o Rio Grande do Sul, o Brasil e o mundo, não façam ouvidos de mouco.