Por Redação O Sul | 28 de julho de 2021
Filho de camponeses, Castillo derrotou nas eleições a candidata Keiko Fujimori
Foto: Presidência do PeruO socialista Pedro Castillo, 51 anos, assumiu, nesta quarta-feira (28), a presidência do Peru. Ele prestou juramento diante do plenário do Congresso usando seu chapéu de palha de aba larga, uma marca de toda a campanha eleitoral.
O acessório é típico da sua terra natal, Cajamarca. “Juro pela população do Peru, por um país sem corrupção e por uma nova Constituição”, disse o novo presidente.
Castillo também afirmou que a mídia deve ser “mais bem regulada” e que os tratados de livre comércio devem ser “melhorados, priorizando o interesse nacional”. Ele ainda disse que a estatal Petroperu vai regular os preços dos combustíveis no país.
A posse, realizada no dia do bicentenário da independência do Peru, contou com a presença de presidentes de outros países da América do Sul. O Brasil foi representado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão. “Que prossigamos na amizade e cooperação que sempre uniu Brasil e Peru”, declarou o general gaúcho.
No dia 20 deste mês, o presidente Jair Bolsonaro cumprimentou Castillo pela vitória. “Reafirmo a disposição do governo brasileiro em trabalhar com as autoridades peruanas para reforçar os laços de amizade e cooperação entre nossas nações”, afirmou.
Entre os maiores desafios do novo presidente peruano, estão o controle da pandemia de coronavírus, a reativação da economia e a recuperação da confiança em um país marcado por constantes crises políticas.
Perfil
Professor de escola pública primária e filho de camponeses, o representante do partido Peru Livre, de esquerda, também é líder sindical. Ele derrotou a direitista e filha do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, Keiko Fujimori.
O Escritório Nacional de Processos Eleitorais do Peru oficializou a vitória de Castilho no dia 19 deste mês. O esquerdista conquistou 50,12% dos votos, contra 49,87% da sua oponente. Diante da diferença apertada entre eles, de pouco mais de 44 mil votos, o pleito, realizado em 6 de junho, teve o resultado questionado por Fujimori.
