A Sociedade de Infectologia alerta para risco de colapso no sistema de saúde em algumas regiões do RS, caso não haja maior rigor nas regras de distanciamento social para controlar a Covid-19. Em nota, a entidade diz que “é preciso evitar exposições preveníveis” e que “as medidas adotadas até o momento serão insuficientes”.
Veja a nota:
“Conforme dados oficiais da SES (Secretaria Estadual de Saúde), o Rio Grande do Sul atingiu mais de 35 mil casos de Covid-19 e mais de 800 pessoas perderam a vida;
• Em Porto Alegre, foram confirmados mais de 4 mil casos e pelo menos 141 pessoas já morreram devido a Covid-19. No último mês houve um crescimento de 3 vezes do número de casos confirmados e mortes, sendo que o total de óbitos por Covid-19 duplicou nas duas últimas semanas;
• A epidemia está em crescimento acelerado no Rio Grande do Sul, determinando impacto na capacidade de atendimento hospitalar, particularmente em Unidades de Terapia Intensiva;
• A velocidade de propagação da epidemia gera demanda adicional ao sistema de saúde que já enfrentava sobrecarga prévia ao surgimento da epidemia, impactando na assistência a outras doenças.
• A diminuição de recursos humanos por adoecimento de profissionais de saúde é uma realidade e agrava ainda mais a situação dos hospitais.
Neste momento crítico da pandemia é essencial afirmar que:
1 – É preciso evitar exposições preveníveis à Covid-19, estabelecendo como prioridade a defesa incondicional da vida das pessoas;
2 – Entendemos que as medidas adotadas até o momento serão insuficientes para conter a pandemia que está evoluindo para um grave comprometimento do atendimento de pacientes com Covid-19 e daqueles que apresentam outras doenças;
3 – É essencial que todos setores da sociedade – gestores, setores empresariais e de trabalhadores – planejem, desde já, estratégias para que a população, sobretudo os grupos mais vulneráveis, consiga enfrentar medidas de isolamento mais rigorosas que serão necessárias para efetiva modificação da evolução da pandemia;
4 – Esperamos que medidas mais rigorosas sejam consideradas e organizadas antes do atingimento do colapso do sistema de saúde, cenário que acarretará diversas mortes evitáveis.”