Terça-feira, 07 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de abril de 2016
A guerra costuma deixar marcas profundas na vida de um soldado, em especial aqueles que se ferem gravemente. Esse foi o caso de Dan Nevins, 43 anos, que perdeu as duas pernas depois de uma explosão no Iraque, em 2004. Mas o que diferencia a história dele de outras é a o caminho que ele escolheu para superar as dificuldades. Desde 2014, o americano trabalha como instrutor de ioga.
Dupla amputação.
O caminho entre a guerra e a nova vida de Nevins não foi fácil. Na verdade, ele perdeu apenas uma perna na guerra e a outra foi amputada já nos Estados Unidos, depois de um ano, por causa de infecções e dores insuportáveis. Agora, ele é duplamente amputado abaixo dos joelhos e usa próteses.
Superada a dor, ex-soldado resolveu aproveitar a vida e ele começou a se dedicar às atividades físicas, como jogar golfe, andar de bicicleta adaptada e até escalar o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia. Mas foi através de um amigo que o veterano de guerra conheceu a ioga. “Assim que eu consegui fazer a minha primeira posição, todos os pensamentos negativos foram embora e eu me senti conectado com a Terra pela primeira vez em dez anos”, diz o veterano.
Palestrante da Casa Branca.
O otimismo e a história inspiradora de Nevins chamaram atenção até da primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama. Pelo segundo ano consecutivo, ele foi convidado para palestrar na Casa Branca como parte da campanha Let’s Move, que incentiva a prática de atividades físicas como forma de combater a obesidade infantil. Mas a atenção do instrutor de ioga está voltada mesmo para os veteranos de guerra, com quem ele tem, é claro, profunda identificação.
“O problema é que eles se sentem isolados, se sentem feridos e diferentes do que já foram. A ioga pode mudar essa perspectiva e reconectá-los. Espero ser uma inspiração para muitos e eles sigam o meu convite para começar a praticar ioga, porque quando eu disse sim ao meu amigo, isso mudou toda a minha vida. Eu me salvei”, declara. (AG)