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Ciência Sonda da Nasa atinge a maior aproximação do Sol até o momento e entra para a história

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A sonda teve seu escudo térmico exposto a temperaturas escaldantes de mais de 930 graus Celsius. 

Foto: Divulgação/Nasa
A sonda teve seu escudo térmico exposto a temperaturas escaldantes de mais de 930 graus Celsius. (Foto: Divulgação/Nasa)

A sonda solar Parker da Nasa entrou para a história nessa terça-feira (24) ao voar mais perto do Sol do que qualquer outra espaçonave. A sonda teve seu escudo térmico exposto a temperaturas escaldantes de mais de 930 graus Celsius. Lançada em agosto de 2018, ela iniciou uma missão de sete anos para coletar dados científicos do astro e ajudar a prever eventos climáticos espaciais que poderiam afetar a vida em nosso planeta.

O sobrevoo histórico desta terça-feira deveria acontecer exatamente às 8h53 de Brasília, mas os cientistas da missão precisam aguardar até sexta-feira (27) para obter a confirmação exata, pois o contato com a sonda é perdido por vários dias devido à proximidade com o Sol.

“Este é um exemplo das missões ousadas da Nasa, fazendo algo que ninguém fez antes para responder a perguntas de longa data sobre o nosso universo. Estamos ansiosos para receber a primeira atualização de status da nave e começar a receber os dados científicos nas próximas semanas”, disse Arik Posner, cientista do programa Parker Solar Probe, em um comunicado.

O escudo térmico da Parker é tão eficaz que os instrumentos internos da sonda permanecem em uma temperatura ambiente de cerca de 29°C enquanto ela continua sua exploração da atmosfera externa do Sol, chamada de coroa.

A Parker também se desloca a um ritmo vertiginoso, de quase 690 mil km/h, rápido o suficiente para voar de Washington, capital dos Estados Unidos, a Tóquio, no Japão, em menos de um minuto.

“Nenhum objeto feito pelo homem jamais passou tão perto de uma estrela, portanto a Parker realmente enviará dados de um território desconhecido”, disse Nick Pinkine, gerente de operações da missão no Laboratório de Física Aplicada (APL) da Johns Hopkins, na cidade de Laurel, estado de Maryland.

Em seu desafio às condições extremas, Parker tem ajudado os cientistas a desvendar alguns dos maiores mistérios do Sol: como se origina o vento solar, porque a coroa é mais quente do que a superfície abaixo e como se formam as ejeções de massa coronal (nuvens maciças de plasma ejetadas no espaço).

Do tamanho de um automóvel pequeno, ela é a sonda mais veloz já construída – deve atingir cerca de 690 mil quilômetros por hora no ponto mais próximo ao sol – e é equipada com uma carcaça à prova de calor, capaz de resistir a temperaturas de até 1.371 º C.

A superfície do Sol, que Parker não chegará a tocar, arde a 5.500 ºC.

A sonda continuará orbitando o Sol a 6,1 milhões de quilômetros de sua superfície até pelo menos setembro de 2025.

Cientistas esperam poder entender por que a coroa solar pode chegar a ser centenas de vezes mais quente que a própria superfície solar, atingindo temperaturas de até 2.000.000 ºC.

Também querem descobrir o que provoca o vento solar, corrente supersônica de partículas carregadas constantemente emitidas pelo sol.

A Parker Solar Probe não é a primeira sonda feita por humanos a visitar o Sol. Essa missão já coube nos anos 1970 às sondas teuto-americanas “Helios 1” e “Helios 2”, que chegaram a 45 milhões de quilômetros de distância do grande astro.

Os raios quentes do sol tornam possível a vida na terra. Mas tempestades solares extremas podem atrapalhar temporariamente serviços de comunicação por rádio e eletricidade As informações são do portal de notícias G1.

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