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Geral Sonda da Nasa faz história ao sobrevoar um corpo espacial nunca estudado

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O objeto 2014 MU69, também conhecido como Ultima Thule, fica localizado no cinturão de Kuiper, (Foto: Reprodução)

Em 1º de janeiro, a sonda espacial norte-americana New Horizons se aproximou do objeto 2014 MU69, também conhecido como Ultima Thule, localizado no cinturão de Kuiper, e o sobrevoou com sucesso, conforme informou a Nasa, a agência espacial norte-americana, através de um comunicado.

A agência espacial especifica que o evento é histórico, destacando que “a New Horizons sobrevoou o objeto mais distante já visitado por uma sonda espacial e se tornou a primeira a examinar diretamente um objeto que contém restos do nascimento de nosso Sistema Solar”.

As imagens de 2014 MU69 foram publicadas pelo site oficial do projeto e oferecem uma primeira noção da forma do objeto, a uma distância de aproximadamente 1,9 milhões de quilômetros.

A aproximação máxima da sonda ocorreu às 05h33 do UTC (Tempo Universal Coordenado), quando a New Horizons estava localizada a cerca de 3.500 quilômetros do corpo espacial. À medida que avançou, ela coletou mais dados e captou mais imagens de Ultima Thule. Em breve, uma amostra dessas informações será enviada à Terra e se estima que levará cerca de 20 meses para baixar o conjunto completo de dados.

Em julho de 2015, a New Horizons fez um voo histórico para além de Plutão e suas luas, fornecendo dados desses mundos intrigantes. Então ela seguiu para o corpo celeste 2014 MU69, a cerca de 1,6 bilhões de quilômetros de Plutão.

Lua

A sonda espacial chinesa Chang’e 4 pousou, nesta quinta-feira (3), no lado oculto da Lua — a parte do satélite que não é visível da Terra. Segundo a Administração Nacional Espacial da China, é a primeira vez na história que este pouso é realizado. As informações são das agências de notícias EFE, Associated Press, e da Rede Global de Televisão da China, CGTN, em inglês.

A nave, que tem um módulo e um ‘rover’ — veículo de exploração espacial — deve estudar a composição mineral, o terreno, relevo e a manta da superfície lunar, a camada abaixo da superfície. Também deve realizar observações astronômicas por meio de baixas frequências de rádio, a chamada radioastronomia.

“O lado oculto da Lua é um raro lugar calmo, que está livre da interferência de sinais de rádio vindos da Terra”, afirmou o porta-voz da missão, Yu Gobin, segundo a agência de notícias estatal Xinhua News. “Essa sonda pode preencher o vazio de observação de baixa frequência na radioastronomia, e irá fornecer informações importantes para estudar a origem das estrelas e da evolução da nébula [solar]”.

A alunagem [aterrissagem na superfície lunar], realizada às 0h26min (horário de Brasília), “abriu um novo capítulo na exploração humana da Lua”, afirmou a agência espacial chinesa. O local exato do pouso foi a cratera Von Karman, no polo sul lunar, que tem 186 quilômetros de diâmetro e 13 quilômetros de profundidade. Segundo a AP, cientistas chineses acreditam que pousar nessa cratera possibilitaria coletar novas informações sobre a manta da Lua.

O lado oculto da Lua é relativamente pouco explorado e tem uma composição diferente daquela do lado “próximo”, que pode ser visto da Terra, e onde outras naves já pousaram. Países como a antiga União Soviética, os Estados Unidos e até mesmo a própria China já haviam realizado missões desse tipo.

De acordo com a Nasa, a agência espacial americana, essa parte do satélite foi observada pela primeira vez em 1959, quando a nave soviética Luna 3 enviou as primeiras imagens. Em 1962, os Estados Unidos tentaram enviar uma missão não tripulada ao lado oculto da Lua, que não deu certo, segundo a EFE.

A Chang’e 4 foi lançada no dia 8 de dezembro do ano passado pelo foguete Long March 3B, do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na província de Sichuan. Quatro dias mais tarde, a sonda entrou na órbita lunar. As comunicações entre a sonda e a Terra são possíveis graças a um satélite, Queqiao, posto em órbita em maio de 2017 e que funciona como um transmissor “espelho” de informações entre os centros de controle na Terra e Chang’e 4.

 

 

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https://www.osul.com.br/sonda-da-nasa-faz-historia-ao-sobrevoar-um-corpo-espacial-nunca-estudado/ Sonda da Nasa faz história ao sobrevoar um corpo espacial nunca estudado 2019-01-03
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