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Rio Grande do Sul Sondagem da Fecomércio RS revela efeito das cheias no segmento de estéticas gaúchas

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A sondagem mostra que a grande maioria dos negócios do segmento foi impactada negativamente (86,2%)

Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini
A sondagem mostra que a grande maioria dos negócios do segmento foi impactada negativamente (86,2%). (Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini)

A grande maioria dos negócios do segmento de estética foi impactada negativamente (86,2%) pela tragédia climática gaúcha. É o que revela a Sondagem do Segmento de Estéticas feita pela Fecomércio RS entre 10 de julho e 13 de agosto, por contato telefônico, com 385 proprietários ou gerentes de estabelecimento do ramo de cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza do Rio Grande do Sul.

Apesar de 6,8% ter reportado danos diretos, ficou evidente o impacto no movimento do setor pelo efeito indireto reportado por 82,8%, com faturamento em maio que, em média, não alcançou a metade do esperado (47,5%) para o mês e tampouco se recuperou totalmente em junho (61,1% do que era esperado para o mês).

Apenas 13,0% indicaram que, durante maio, as receitas foram suficientes para pagar todas as despesas; entre os 86,2% que não tiveram receita suficiente, a utilização de reservas da empresa e dos sócios foram as principais fontes de recursos, citadas por 61,2% e 48,7%, respectivamente.

“Outros levantamentos já haviam indicado que o maior impacto sobre o segmento havia sido indireto, derivado do estado de consternação que abateu a população no mês de maio e que se refletiu em perdas muito significativas de faturamento do segmento. Nesse caso, a volta à normalidade já funciona como impulso à retomada, mas fica evidente a necessidade de formação de reservas para lidar com situações de baixa intempestiva da demanda”, comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.

Até o início de agosto, 49,4% tinham movimento no negócio abaixo ou muito abaixo do pré-tragédia, tanto que, em termos de recuperação financeira, apenas 38,4% avaliaram que já teriam voltado ao patamar anterior a maio, sendo que 27,3% estimavam que a recuperação financeira ocorreria em até 3 meses e 34,3% vislumbravam retomada posterior (23,1% entre 3 e 6 meses e 11,2% de 6 meses a um ano).

Apesar da maior parte dos negócios não estar recuperada do impacto, o olhar do segmento à frente é otimista, com 85,5% esperando melhora nas suas vendas nos próximos seis meses (53,5% esperam que melhor um pouco e 31,9% que melhore muito).

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