Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de maio de 2019
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O Rio Grande do Sul já foi palco de tentativas inviáveis. Uma delas: ligar Porto Alegre ao mar, no final da década de 1960. Além do custo altíssimo com desapropriações, havia grandes dificuldades técnicas e riscos evidentes ao meio ambiente. Depois de muita discussão, veio a pergunta: para que serviria a obra? Não houve resposta e a ideia foi, merecidamente, para o arquivo.
Em busca de água
Outro estudo, no começo da década de 1980, pretendia canalizar para Porto Alegre água das lagoas do Litoral Norte. Motivo: a poluição crescente do Guaíba estava inviabilizando o consumo. A solução mais simples foi diminuir a contaminação do rio.
Obra equivocada
Agora, a proposta capitaneada pelo senador Luis Carlos Heinze é a construção de um porto marítimo em Torres. O primeiro obstáculo será o rigor cada vez maior para licença que os órgãos do meio ambiente devem dar. Em segundo lugar, haverá necessidade de buscar pedras de um local ainda não determinado para os molhes.
Toneladas de pedras
Para que surgissem os molhes do porto de Rio Grande, a partir de 1911, foi preciso construir uma ferrovia de 90 quilômetros, desde o município de Capão do Leão, que naquela época pertencia a Pelotas. Os trens trouxeram 4 milhões e 500 mil toneladas de rochas. Não será pela Estrada do Mar, uma via para veículos de passeio. Para preservá-la, ônibus e caminhões de carga não podem utilizá-la.
Inviável
Há outra pergunta: qual a utilidade de um porto marítimo em Torres? Qual o volume da produção do Litoral Norte que justificaria a obra? Dizem que empresas do setor metal-mecânico de Caxias do Sul reivindicam. Só se for para destruir a Estrada do Sol, com a multiplicação do trânsito de caminhões pesados.
O grande porto
Estado que tem o porto de Rio Grande, o segundo maior do país em movimentação, não precisa de mais um. Sobretudo na era dos navios de grande porte. Eles não são ônibus pinga-pinga que vão parando. Uma vez carregados em Rio Grande, seguem diretamente para América do Norte, Europa e Oriente.
Alteração do volume
O cais de Porto Alegre é um exemplo: deixou de ser utilizado quando a engenharia naval começou a produzir cargueiros de grande porte. Para que chegassem de Rio Grande a Porto Alegre, haveria necessidade de dragagens da Lagoa dos Patos com custo insuportável.
Perda de tempo
A Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, da Assembleia Legislativa, realiza audiência pública às 18h de hoje, no Auditório da Ulbra, em Torres, para debater o projeto de construção de um porto marítimo no município. Deverá servir para expor a inviabilidade.
Terá oposição
Se Pompeo de Mattos concorrer à reeleição para a presidência do diretório estadual do PDT, terá Ciro Simoni como adversário.
Marco festejado
Na convenção de sábado, o publicitário Marcelo da Costa assinou a ficha número 100 mil de filiação do PSDB no Estado. É publicitário em Viamão e tem 30 anos. Os tucanos ocupam a 6ª posição no número de membros, conforme levantamento do Tribunal Regional Eleitoral.
Há 40 anos
A 6 de maio de 1979, o general Hugo Abreu, chefe do Gabinete Militar do governo Ernesto Geisel, teve sua prisão determinada pelo ministro do Exército, general Walter Pires. O motivo foi a publicação do livro O Outro Lado do Poder. Segundo o ministro, “tornaram-se públicos assuntos capazes de concorrer para a discórdia entre militares”.
O papel aceita tudo
A autobiografia de Cristina Kirchner, denominada Sinceramente, já vendeu 215 mil exemplares e vai para a 3ª edição, mesmo antes do lançamento, que ocorrerá na próxima quinta-feira.
Está enrolada
O livro de Cristina torna-se uma das peças de propaganda de sua campanha à presidência da Argentina. A eleição será em outubro. Ela está envolvida em vários processos judiciais por corrupção e quer ser amparada pela imunidade parlamentar.
Proporções
Alguns governos têm feito muito para conter o déficit público, o que é pouco diante da gravidade do problema.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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