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Sony compra parte de herdeiros de Michael Jackson em maior catálogo musical do mundo

Segundo a revista "Forbes", o lucro dos herdeiros do artista é superior aos ganhos somados dos oito músicos mais bem-pagos do mundo em 2015. (foto: reprodução)

A Sony Corp desembolsou US$ 750 milhões para obter as ações dos herdeiros de Michael Jackson (1958-2009) na empresa Sony/ATV Music Publishing, empresa que administra direitos autorais de artistas como os Beatles, Bob Dylan, Eminem e Taylor Swift.

A companhia surgiu em 1995 após fusão da ATV Music Publishing – administradora do catálogo musical dos Beatles adquirida por Jackson em 1985, por US$ 47,5 milhões – com a gigante japonesa. Atualmente, detém mais de 3 milhões de canções em seu catálogo musical, o maior do mundo.

O acordo foi anunciado na segunda (14), segundo o jornal americano “Los Angeles Times”. Ele dá fim a uma negociação que começou no segundo semestre do ano passado, quando a Sony executou a cláusula da parceria que permite a compra de uma das partes pela outra.

A princípio, os administradores do patrimônio de Jackson, John Branca e John McClain, tentaram adquirir as ações da Sony com a ajuda de novos sócios, mas cederam à oferta da empresa japonesa. A compra ainda carece de aprovação das agências reguladoras e deve ser concluída no fim deste ano.

Mesmo sem a ATV Music Publishing, os herdeiros de Michael Jackson ainda atuam na indústria musical, detendo 10% das ações da EMI Music Publishing, outra empresa gerenciadora de direitos autorais, e as músicas compostas pelo finado rei do pop.

Os US$ 750 milhões pagos pela Sony transformaram Michael Jackson no músico com o ano mais rentável da história, superando os US$ 620 milhões pagos pela Apple a Dr. Dre em 2014 pela Beats Eletronics.

Segundo a revista “Forbes”, o lucro dos herdeiros do artista é superior aos ganhos somados dos oito músicos mais bem-pagos do mundo em 2015: Katy Perry, One Direction, Garth Brooks, Taylor Swift, The Eagles, Justin Timberlake, Diddy e Fleetwood Mac.

Segundo o diretor-executivo da Sony Entertainment, a compra das ações dará mais liberdade à companhia para tentar se adaptar às rápidas mudanças do atual cenário musical. (AG)

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