Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de julho de 2015
Talentosa e guerreira, Sophia Loren – a atriz mais bonita e sexy do cinema italiano – se tornou a mulher-símbolo dos anos dourados da cinematografia do país, estrelando dramas e comédias inesquecíveis e comemorando oito décadas de vida não só com uma carreira brilhante, mas como um fenômeno de resistência da beleza.
Sophia cresceu no meio da guerra comendo o pão que o diabo amassou, isso quando havia pão. Foi tentar a vida em Roma (Itália), fazendo figuração e pequenas participações em filmes históricos. Começou a ser notada na comédia “Ouro de Nápoles” e no filme americano “A Lenda da Estátua Nua”, rodado na Grécia, em que brilhava mais pelo corpão do que pelo talento. Depois, contracenou com Frank Sinatra em “Orgulho e Paixão”, dirigida por Stanley Kramer.
Primeira atriz estrangeira a ganhar um Oscar.
Guerreira, Sophia quebrou resistências e tabus – e um inglês de sotaque carregado – para se tornar a primeira atriz estrangeira a ganhar um Oscar, por sua atuação no pesadíssimo “Duas Mulheres”, de Alberto Lattuada, que fez chorar as plateias mais duras e lhe deu status de grande atriz dramática.
Sophia encontrou em Marcello Mastroianni o seu par perfeito nas telas, provocando suspiros, gemidos e gargalhadas em comédias como “Matrimonio à Italiana”. Atuando em dramas como “Um Dia Muito Especial”, em que o ator faz um vizinho gay no dia em que o fascista Benito Mussolini recebia Adolf Hitler em Roma, e na clássica comédia “Ontem, Hoje e Amanhã”, em que eles fazem três casais em três histórias diferentes, os dois conquistaram milhões de fãs. Aliás, foi nesse último filme que eles protagonizaram uma das cenas de sedução mais quentes do cinema.
Sophia e Mastroianni reencenaram, 30 anos depois, a mesma cena no filme “Pret a Porter”, do diretor Robert Altman, com um final cômico bem diferente do original.
Sophia passou a vida inteira casada com o mesmo homem, se tornou uma grande dama das artes italianas e, em sua biografia “Ontem, Hoje e Amanhã – A Vida Como um Conto de Fadas” conta sua história como uma vingança elegante contra a miséria e o anonimato de sua família. (Nelson Motta/AG)