Quinta-feira, 14 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de março de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A boa notícia é que a Economia voltou a se desprender da turbulência política. O crescimento de 1 por cento do Produto Interno Bruto em 2017, divulgado ontem, mostra-se tímido, mas reforça manifestações de empresários convictos de que os anos de recessão não se repetirão. Um dos sinais foi o aumento do consumo.
Até a metade de 2016, a inflação funcionava como termômetro da febre extrema, evidenciando o desarranjo da política econômica e pouca confiança no que estava por vir. Na dúvida, empresários não queriam saber se a inflação era de demanda ou de custos. Simplesmente jogavam os preços com insistência para cima. Isso deixou de ocorrer.
Basta a política não atrapalhar
Não foi só a queda da inflação. A taxa de juros veio para o patamar mais baixo da história; o índice da Bolsa de Valores subiu e as projeções deste ano são otimistas. Bastou a equipe econômica do governo ligar o motor para a iniciativa apertar no acelerador.
As querelas e desavenças políticas precisam continuar confinadas à Torre de Babel, onde ninguém se entende.
Só faltam as assinaturas
O mais cotado para assumir a Secretaria dos Transportes é Humberto Canuzzo. Pedro Westphalen deixará o cargo para concorrer à Câmara dos Deputados. Canuzzo, como assessor do gabinete de Westphalen, conhece o setor.
Para ser o titular da Secretaria de Obras, Saneamento e Habitação, substituindo Fabiano Pereira, Sandro Figueiredo de Oliveira tem a ficha número 1.
Rodízio na contramão
O deputado Marcel van Hattem retomou ontem o mandato com o retorno de Pedro Westphalen ao secretariado. Teria a chance de falar na tribuna, o que não ocorreu nas sessões de terça e quarta feira, quando ficou na condição de suplente. Após o grande expediente com a deputada Miriam Marroni, que tratou do abuso sexual, não havia parlamentares inscritos para manifestações. Hattem chegou no momento em que a sessão, presidida pelo deputado Nelsinho Metalúrgico, estava sendo encerrada, antes da previsão.
Na próxima sessão plenária, terça-feira, Westphalen retomará a cadeira de Hattem para votar projetos do governo.
Nunca se sabe…
A longo prazo, Susana Kakuta pode pensar em voo mais alto. Em 1993, com pouca experiência no setor, Dilma Rousseff tornou-se secretária estadual de Minas e Energia. Foi o ponto de partida.
Kakuta deixou a presidência do Badesul para assumir o comando de Minas e Energia. Em seu lugar fica Paulo Odone, o que garantirá o apoio do PPS à chapa do PMDB ao governo do Estado.
Risco do improviso
O ex-presidente Lula atacou ontem: “Se querem me prender, vão arcar com a responsabilidade. Não tenho medo da prisão porque sou inocente”.
Faz lembrar declaração do ministro Marco Aurélio Mello, publicada nos jornais a 2 de março de 2008: “Conhecemos o estilo do presidente. Às vezes, quando deixa o script e parte para o improviso, ele não nos surpreende, ele estarrece.”
Comparando
Sem um fundo de reserva, o pagamento de aposentadorias e pensões representa 14 por cento do Produto Interno Bruto no País. O recebimento é direito líquido e certo, mas o dinheiro tem como origem os Tesouros Nacional e estaduais.
Os gastos com a Educação ficam em 5,4 por cento. São dados oficiais, mostrando que o País convive com situação dramática: anula o seu futuro.
Virada de 180 graus
Prefeitos de todo o País acompanham com interesse o andamento de projeto na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Inclui itens polêmicos: 1) taxação de 11 por cento sobre inativos que ganham acima de 5 mil e 645 reais, que é o teto do INSS; 2) criação de pensão vitalícia de 8 mil reais para aposentados e pensionistas que perderão a integralidade de seus proventos.
A prefeitura afirma serem exigências do Tribunal de Contas do Município com prazo até o final de maio para adoção.
Comunistas até ali
Os turistas chineses fizeram 130 milhões de viagens ao exterior no ano passado, tendo gasto 115 bilhões de dólares. Informação de relatório da Academia Chinesa de Turismo. Representou aumento de 6 por cento em relação a 2016. Nada comparável aos tempos da União Soviética, quando a cortina de ferro ia além da ficção, impedindo saídas.
Esquecimento
Às vésperas de começar a campanha com alianças estapafúrdias, é preciso lembrar o economista e escritor norte americano John Galbraith: “Nada é tão admirável em política quanto uma memória curta.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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