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Soterrado na CPI

A escolha do senador governista Rogério Carvalho (PT-SE) para relatar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem do Senado foi resultado de duas articulações: do bloco de parlamentares que não querem que o colegiado seja usado como palco para interesses políticos regionais; e do Palácio do Planalto, que atuou para evitar que Renan Calheiros (MDB-AL) tivesse palanque para atingir o grupo político do presidente da Câmara dos Deputados, seu rival Arthur Lira (PP-AL). As relações do Palácio com Lira já estão melindradas, e Lula não quer mais crise no Congresso. O presidente da CPI que vai investigar os danos ambientais causados em Maceió pela empresa petroquímica, Omar Aziz (PSD-AM), justificou a escolha afirmando que, com o senador Rogério Carvalho na relatoria, a comissão poderá ter “uma relação isenta de pessoas ligadas a Alagoas”. Irritado e vencido, Calheiros decidiu deixar a composição da comissão.

Bunker do Alvorada

Prevaleceram os conselhos de caciques do PT, parlamentares e ministros mais próximos – reunidos no bunker do Alvorada – para a decisão do presidente Lula da Silva de não pedir desculpas por ter comparado o massacre em Gaza ao genocídio de judeus. Na balança do petista, pesou mais a reação de grupos contrários à guerra que os ataques de Israel e da oposição.

Efeito PF

A PF já bateu às portas do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), mais de 20 vezes. Pesquisas internas indicam que as ações já estão influenciando negativamente na reeleição do seu filho, deputado federal Emanuel Neto (MDB-MT), que é vice-líder do Governo Lula na Câmara.

MP x CPI

Procuradores do Acre desqualificaram as denúncias da CPI das ONGs contra agentes do ICMBio. Sem “elementos concretos”, resumiram. O senador Plínio Valério (PSDB-AM), que presidiu a CPI, critica a decisão “precipitada” do MP e avalia que os procuradores deveriam ter analisado melhor as provas “robustas” levantadas pela comissão.

Avanço no Brasil

Aprovado pelo Senado com folga – 62 a favor e apenas dois contra -, o projeto 2.253/22, que limita a saída temporária de presos (a famigerada Saidinha), de autoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), vai acabar com uma chaga do Brasil: benefícios exagerados a presos que, em parte, nunca mai svoltam à cadeia e continuam a cometer crimes nas ruas. O texto será analisado pela Câmara.

Pro Aldeia

ARecode criou o programa Recode Pro Aldeia, com o objetivo de formar jovens indígenas na área de tecnologia. O projeto conta com o apoio do Instituto Alok, da Osklen e do Instituto E. Ao concluir quatro etapas, os alunos terão habilitação como Programador Full-Stack, podendo atuar como desenvolvedores júnior.

Com Walmor Parente, Carol Purificação e Isabele Mendes

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