Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 29 de setembro de 2024
O Falcon 9 é considerado um foguete extremamente seguro, com uma taxa de falhas muito baixa. Mas, nos últimos meses, a SpaceX andou tendo problemas com o seu veículo mais confiável. O último deles aconteceu nesse sábado (28), quando após o lançamento bem-sucedido de uma nova tripulação de astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS) – como parte da missão Crew-9, o segundo estágio do modelo não pousou na área-alvo pré-determinada no oceano.
Como consequência, a SpaceX suspendeu os lançamentos do modelo para investigar as causas do problema.”Após o lançamento bem-sucedido da Crew-9 hoje, o segundo estágio do Falcon 9 foi disposto no oceano conforme planejado, mas sofreu uma queima de desorbitação fora do nominal. Como resultado, o segundo estágio pousou com segurança no oceano, mas fora da área-alvo. Retomaremos o lançamento depois de entendermos melhor a causa raiz”, disse a empresa.
Nos últimos meses a SpaceX teve alguns pequenos problemas com o Falcon 9. Em julho, o segundo estágio do foguete também apresentou problemas, não completando a segunda queima e implantando satélites em uma órbita mais baixa que o planejado. Na ocasião, uma investigação foi feita, a causa do erro corrigida e os lançamentos foram retomados após duas semanas.
No final de agosto foi a vez do primeiro estágio ter problemas ao não conseguir pousar com sucesso (o que não impediu que a missão fosse completada). Dessa vez o hiato foi de apenas três dias e desde então está tudo bem com o primeiro estágio do Falcon 9.
Apesar do problema com o pouso do segundo estágio do foguete, o lançamento dos astronautas para a ISS nesse sábado foi um sucesso. O lançamento aconteceu no Complexo de Lançamento Espacial-40 da Nasa, em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), às 14h17 (horário de Brasília).
Resgate de astronautas
Além de colocar dois novos astronautas no espaço, um dos compromissos da missão é trazer de volta para casa os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore, da NASA, que já estão na Estação Espacial Internacional 100 dias a mais que o esperado. Os dois viajaram em junho a bordo da Starliner para o que deveria ser apenas um voo de teste de uma semana. Agora, o retorno da dupla deve acontecer apenas em fevereiro de 2025.
– Após um lançamento tranquilo da nave espacial SpaceX Crew Dragon (apelidada de “Freedom”), o primeiro estágio do foguete Falcon 9 se separou do segundo após cerca de 2 minutos e meio;
– O segundo estágio então acionou o seu próprio motor para impulsionar a cápsula Crew Dragon a mais de 27 mil quilômetros por hora (22 vezes a velocidade do som);
– O primeiro estágio do foguete se guiou de volta para pousar em uma plataforma na Flórida para que a SpaceX pudesse reutilizar o veículo em outras missões.
Assim que a cápsula Crew Dragon atingiu velocidades orbitais, a espaçonave se separou do segundo estágio do Falcon 9 e começou a manobrar em órbita por conta própria, usando propulsores de bordo para ajustar sua posição até se conectar à Estação Espacial Internacional;
A chegada na ISS foi programada para acontecer nesse domingo (29) às 18h30 (horário de Brasília), após uma viagem de 28 horas.
A missão Crew-9
A missão Crew-9 foi planejada inicialmente para levar quatro tripulantes na cápsula Crew Dragon à ISS, mas foi ajustada para resgatar os astronautas da Starliner. Por isso, levou apenas o astronauta da NASA Nick Hague e o cosmonauta da Roscosmos Aleksandr Gorbunov a bordo.
Os assentos dos astronautas norte-americanas Zena Cardman e Stephanie Wilson, que também participariam da missão, serão ocupados daqui a cinco meses por Williams e Wilmore no retorno da missão.
Até lá, Hague e Gorbunov vão conduzir pesquisas em órbita e caminhadas espaciais. Os astronautas da Crew-9 substituirão a equipe da Crew-8, que está na ISS desde março. As informações são do site Olhar Digital.