Quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de fevereiro de 2025
O Spotify está planejando cobrar até US$ 5,99 por mês, além das assinaturas já existentes, por um novo serviço de streaming que incluirá áudio de alta qualidade, ferramentas de remixagem e acesso a ingressos de shows, segundo fontes familiarizadas com o assunto.
A empresa espera lançar o plano chamado Music Pro ainda este ano, disseram as fontes, que pediram anonimato já que os planos são confidenciais. No entanto, o preço e o cronograma ainda não estão definidos, pois o Spotify ainda está ajustando os detalhes e não obteve os direitos de todas as grandes gravadoras, afirmaram.
Os preços do Music Pro irão variar conforme a região, sendo mais baixos em mercados menos desenvolvidos. No entanto, não se sabe ainda se o novo serviço estará disponível no Brasil.
Os assinantes poderão mixar músicas de diferentes artistas, e alguns desses recursos contarão com inteligência artificial, segundo as fontes. O Spotify também está testando diferentes maneiras de vender ingressos para shows, como oferecer acesso antecipado a pré-vendas ou assentos melhores. A empresa, que recusou pedidos de comentário, já realizou conversas preliminares com grandes promotores e vendedores de ingressos, mas ainda não finalizou seus planos.
Após cobrar o mesmo preço por um grande catálogo de músicas na maioria dos mercados ao longo de sua existência, a gestão do Spotify vê uma oportunidade de aumentar os preços e oferecer pacotes diferenciados para diferentes tipos de ouvintes, acreditando que os fãs mais dedicados pagarão mais.
O desenvolvimento do Music Pro ocorre no mesmo momento em que a empresa aumentou os preços das assinaturas existentes e criou uma nova oferta focada em audiolivros. Atualmente, seus planos nos EUA variam de US$ 5 por mês para estudantes a US$ 20 por mês para famílias.
As grandes gravadoras vêm pressionando os serviços de streaming a cobrarem mais por recursos diferenciados, à medida que o crescimento em mercados importantes, como os EUA, desacelera. As vendas de música gravada nos EUA cresceram apenas 4% no primeiro semestre do ano passado, o ritmo mais lento em quase uma década.
O Spotify teve seu melhor ano de crescimento de usuários em 2024 e registrou lucro anual pela primeira vez. A maioria de seus novos usuários veio de mercados da Ásia, América Latina e Oriente Médio, em contraste com os mercados mais desenvolvidos, como América do Norte e Europa.
Tanto os serviços de streaming quanto as gravadoras veem uma oportunidade de atingir os fãs de músicos que estão dispostos a gastar com produtos, ingressos de shows e clubes de fãs. Embora essa oferta mais cara não seja atraente para todos os usuários, a empresa acredita que poderá conquistar milhões de clientes.
Com sede em Estocolmo, o Spotify tem trabalhado em um plano super-premium há alguns anos e buscado garantir os direitos das gravadoras para novas iniciativas.
Apple Music e Amazon Music Unlimited já oferecem áudio de alta qualidade, e serviços como Tidal e SoundCloud disponibilizam algumas ferramentas de remixagem. No entanto, o Spotify continua sendo o maior serviço de áudio do mundo, com 675 milhões de usuários e mais de 250 milhões de assinantes pagantes.
O Spotify planeja lançar o novo plano em fases, adicionando ferramentas e recursos ao longo do tempo, disseram as fontes. A empresa testará diversas opções ao longo deste ano.