Sábado, 23 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 19 de dezembro de 2019
"Nossos primeiros empresários adoravam que ficássemos chapados", disse o cantor
Foto: ReproduçãoEm um ensaio fotográfico para a revista americana “Haut Living”, Steven Tyler, de 71 anos, fez uma retrospectiva de sua carreira, falou de sua vida de sobriedade e deu um clique nu, no chuveiro de sua casa.
O músico afirma que a banda nunca falou algumas verdades por trás da criação de alguns álbuns, porque os empresários achavam importante apenas que as pessoas gostassem das canções. Tyler diz que eles passavam o tempo todo drogados, e os produtores adoravam isso.
“Nossos primeiros empresários adoravam que ficássemos chapados. Nossa gravadora adorou que ficássemos chapados porque sabiam que não estávamos analisando nenhuma das transações em dinheiro. E ah, não é assim que sempre foi esse lado do negócio da música, que é apenas uma treta de mentiras, advogados, sujos e obscenos?”
Já nos anos 1980, muitos deles começaram a se afetar seriamente pelo uso de drogas. “Eu fui o primeiro a receber tratamento”, conta Tyler. Ele disse que ficou anos com raiva por ter sido mandado para a reabilitação, mas que hoje agradece por ter sido salvo.
“Conheci minha ex-esposa Theresa e tive mais dois filhos lindos. A banda contratou uma nova gravadora, a Geffen Records e ganhamos um empresário que nos ajudou a travar essa batalha juntos”, afirmou o músico.
A banda só acertou depois disso, segundo o músico. A sobriedade de Tyler rendeu à banda, por exemplo, um Grammy por “Janie’s Got a Gun” inspirada em histórias de meninas que sofrem abusos. Ele se aproximou dessa causa quando buscou fazer parte de um grupo de mulheres que passaram por violência física e psicológica para não fazer o mesmo com a mulher com que ele vivia.
A ideia se transformou em uma Fundação, que chegou a 40 países e chegou a arrecadar US$ 7,5 milhões (mais de R$ 30 milhões) e atender mais de 1.200 meninas. Segundo a publicação, com essa história, Tyler deixa mais do que um legado de uma lenda de um rock, mas também de um homem com projetos sociais, além de ser um pai e um avô amoroso. Tudo isso ele diz que é consequência de sua sobriedade.
Em 2020, quando o Aerosmith celebrar 50 anos juntos, eles serão homenageados pela MusiCares Person of the Year, que premia artistas por sua carreira e também por suas ações filantrópicas.
“Isso não e mais sobre mim. É sobre levar a mensagem às pessoas que vão morrer se não entenderem. O que me torna alcoólatra não é o quanto eu bebi ou com que frequência eu usava, ou com quem eu fazia isso. É o que acontece comigo, com quem eu me torno quando bebo, e não gosto desse cara.”