Para quem ama o carnaval, este é o período perfeito para deixar as preocupações de lado e se jogar nos bloquinhos com muita produção, cor e energia. Mas a pergunta que não quer calar é: “O que devemos levar na bolsa?”, pensando especificamente sobre a saúde da nossa pele. Em entrevista ao jornal Extra, a dermatologista Nandara Paiva nos contou sobre a importância de cuidar da pele e as consequências do descuido durante esse período tão festivo. Leia abaixo os principais trechos.
– Quais são os riscos para os foliões que não cuidam da pele durante esse período? “Queimaduras solares, manchas, pele ressecada, e até a possibilidade de insolação pela falta de protetor solar ou hidratação. O uso de maquiagem pesada pode causar acne e obstrução dos poros por conta do suor, se não houver uma limpeza adequada. E até a falta do hidratante labial pode causar ressecamentos e alergias”.
– Quais são os produtos imprescindíveis para os foliões durante o carnaval? “Protetor solar, hidratante e maquiagem resistente ao calor e suor. Leve sempre água e boné”.
Sendo assim, é bom demais curtir o carnaval e se jogar na folia, porém sempre com muita moderação e não esqueça sua bolsinha com seu kit de cuidados para não passar perrengue e viver um carnaval agradável e inesquecível.
Consumo de álcool
Em outra frente, como reduzir os danos no consumo de álcool? Além da água, as bebidas alcoólicas são um dos líquidos mais ingeridos por quem pula carnaval. Para Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), o ideal é beber devagar, intercalando com água e alimentos, para ajudar o corpo a processar o álcool de forma mais segura.
“Beber de estômago vazio acelera a absorção e pode intensificar os efeitos indesejáveis, como tontura, náusea e perda de controle. Outro ponto importante é evitar misturas perigosas. O consumo de álcool combinado com medicamentos, especialmente sedativos e ansiolíticos, pode potencializar os efeitos da bebida e aumentar o risco de desmaios, quedas e até mesmo depressão respiratória”, aponta.
Olivia Pozzolo, psiquiatra e médica pesquisadora do Cisa, ressalta o risco de consumir álcool além do limite do próprio corpo.
“Parece inofensivo em um primeiro momento, mas a intoxicação alcoólica pode ser muito perigosa e, em alguns casos, até fatal”, alerta.
A especialista pondera que para escolher uma bebida alcoólica menos agressiva ao organismo, fatores como a diferença entre fermentados (como cerveja e vinho) e destilados (como vodka e whisky) ou o teor alcoólico de cada drink também é influenciado pela maneira como são consumidos.
“O impacto da bebida alcoólica depende mais da quantidade ingerida e da velocidade do consumo do que da escolha entre fermentado ou destilado. Mas, sabemos que os destilados, por terem maior teor alcoólico, podem levar a um aumento mais rápido da concentração de álcool no sangue, intensificando os efeitos como desidratação e sobrecarga hepática. Misturas com energéticos ou refrigerantes também podem mascarar o sabor do álcool e levar a um consumo excessivo sem percepção”, esclarece.
Pazzolo também observa que estar na folia não reduz os impactos fisiológicos do consumo alcoólico. Por outro lado, a sensação de euforia causada pelo ambiente festivo pode, no entanto, mascarar os sinais de intoxicação e desidratação, levando a um consumo maior sem que a pessoa perceba.
“Além disso, dançar e transpirar intensamente aumenta a perda de líquidos, o que pode potencializar os efeitos negativos do álcool, como a ressaca e a fadiga no dia seguinte”, afirma. As informações são dos jornais Extra e O Globo.